O Ibovespa opera de forma indefinida na abertura do pregão de hoje (19), com ganhos de 0,17%, a 102.596 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. O mercado doméstico se mantém apreensivo com a indecisão sobre a PEC dos Precatórios. No cenário internacional, as atenções seguem para o aumento de casos do coronavírus. Nos EUA, os investidores estão de olho em quem será escolhido para substituir Jerome Powell como novo presidente do Federal Reserve.
O dólar cai 0,33% ante o real, por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 5,5505.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
Os investidores seguem atentos aos riscos fiscais, acompanhando o andamento da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios no Senado. O desempenho negativo da Bolsa de ontem foi o pior em mais de um ano, com o mercado percebendo que o texto-base da PEC aprovado na Câmara provavelmente sofrerá alterações ao chegar às mãos dos senadores.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, a votação de um projeto de gastos sociais do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de US$ 1,75 trilhão foi adiada para esta sexta-feira na Câmara dos Deputados do país, depois que o líder da minoria republicana na Casa, Kevin McCarthy, fez um discurso que durou horas.
A votação estava originalmente marcada para quinta-feira, depois que o Escritório de Orçamento do Congresso divulgou uma avaliação de custos do projeto. Os democratas tentam avançar com o projeto de investimento doméstico, apesar de o órgão ter dito que isso aumentará o déficit.
Ainda na quinta-feira, foi divulgado que os novos pedidos de seguro-desemprego durante a semana encerrada em 13 de novembro somaram 268 mil, o menor nível desde março de 2020, na sétima semana consecutiva de perdas.
Por lá, os investidores seguem de olho em quem será a escolha para substituir Jerome Powell como novo presidente do Federal Reserve. Até o fim de semana, o presidente Joe Biden poderá indicar um nome.
Na Ásia, as ações da China ampliaram seus ganhos e terminaram em alta nesta sexta-feira, em grande parte devido a fortes avanços nos papéis imobiliários e de logística.
A alta das ações foi liderada por ganhos no setor de propriedades, com o índice imobiliário saltando 4,88% no fechamento. Alguns participantes do mercado estavam discutindo possível flexibilização das regras para o prejudicado setor imobiliário da China.
O Japão apresentou nesta sexta-feira um pacote recorde de US$ 490 bilhões, indo contra uma tendência global de retirada das medidas de estímulo da crise e ampliando a tensão relacionada às finanças do país.
Os gastos do Japão dispararam devido a uma série de pagamentos, incluindo aqueles criticados por não terem relação com a pandemia, e deverá levar a emissões adicionais de títulos neste ano.
Ao mesmo tempo, o núcleo dos preços ao consumidor do país subiu pelo segundo mês seguido em outubro. No período, os custos dos combustíveis aceleraram no ritmo mais rápido em mais de uma década e a pressão da escassez de matérias-primas gradualmente chegou aos consumidores.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,07%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em estabilidade. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 1,08%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,50%.
Na Europa, a presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, afirmou nesta sexta-feira que a inflação na zona do euro vai diminuir. Por isso, a instituição não deve apertar a política monetária, já que o movimento pode sufocar a recuperação. O BCE indicou a continuidade das compras de títulos no próximo ano.
A inflação na zona do euro atingiu 4,1% em outubro na base anual, pressionada por custos mais altos da energia, e deve permanecer acima da meta de 2% do BCE no ano que vem. Um dos motivos para a elevação é que a oferta restrita devido à pandemia não consegue acompanhar a reabertura da economia.
Mas Lagarde insistiu que o BCE não deve pisar no freio agora, mas continuar alimentando a recuperação econômica.
As bolsas europeias operam em queda. O Stoxx 600 perdia 0,33%; na Alemanha, o DAX cai 0,36%; o CAC 40 desvaloriza 0,77% na França; na Itália, o FTSE MIB recua 1,46%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,67% no Reino Unido.
Commodities
Os contratos futuros do minério de ferro se recuperaram nesta sexta-feira após algumas notícias positivas do conturbado setor imobiliário da China, mas os traders permaneceram cautelosos sobre as perspectivas de demanda geral por matéria-prima na maior produtora de aço do mundo.
O minério mais negociado de janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian fechou em alta de 2,5%, a 536 iuanes (84 dólares) a tonelada. O contrato atingiu 509,50 iuanes no início do dia, o menor valor desde 6 de novembro de 2020, e marcou sua sexta queda semanal consecutiva.