Um indicador coincidente do Bank of America para a atividade econômica brasileira caiu pelo sexto mês consecutivo em outubro, indo a território ainda mais negativo, e a avaliação do banco é que o ritmo de recuperação seguirá perdendo força em meio a inflação aquecida, juros mais altos e ruídos políticos.
O índice caiu para -0,34 pontos no mês passado, informou o BofA hoje (8), para seu menor patamar desde julho de 2020 e ante -0,19 pontos em setembro. A leitura do final do terceiro trimestre foi a primeira com sinal negativo desde 2020.
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“A queda em nosso indicador aponta início lento para o último trimestre do ano”, disse em relatório David Beker, economista e estrategista para Brasil do BofA, explicando que seu índice é um bom preditor dos movimentos do IBC-Br. Este, por sua vez, é um indicador divulgado pelo Banco Central que ajuda a delinear a tendência de direção do PIB (Produto Interno Bruto).
O BofA ressaltou que ainda projeta avanço de 5,2% do PIB brasileiro em 2021, mas que “o ritmo da recuperação deve continuar a perder força adiante, dada a inflação alta, juros mais elevados, ruídos políticos crescentes e escassez de insumos”.
Entre os componentes do índice do BofA, a contribuição mais negativa em outubro veio das vendas de automóveis, que afundaram para -0,48 pontos, ante leitura de -0,42 pontos no mês anterior.
As leituras da confiança do consumidor e da oferta de dinheiro também viram decréscimos no mês passado, enquanto o índice que mede a confiança empresarial permaneceu inalterado.
O IBGE divulga o PIB do terceiro trimestre em 2 de dezembro. Antes, em 16 de novembro, o BC informa o IBC-Br de setembro. (Com Reuters)