Foram 12 meses tumultuados para os mais ricos da China continental. Mudanças na regulação governamental dos setores de educação e tecnologia, assim como preocupações sobre dívidas do setor imobiliário levaram muitas ações das maiores empresas privadas do país a sofrerem fortes quedas. Um esforço do governo para promover a “prosperidade comum” também fez magnatas e empresas de tecnologia anunciarem doações de bilhões de dólares para causas sociais.
Ainda assim, no geral, os cem mais ricos da China viram seu patrimônio líquido coletivo crescer em relação à lista do ano passado. Sua riqueza total chegou a R$ 8,1 trilhões, ou US$ 1,48 trilhão, ante R$ 7,3 trilhões, ou US$ 1,33 trilhão, em 2020.
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No caso dos bilionários da Internet, nem todos tiveram sorte. Jack Ma, o número um do ano passado com uma fortuna de US$ 65,6 bilhões, caiu para o 5º lugar após seu patrimônio ser estimado em US$ 41,5 bilhões em 2021. A redução ocorreu na esteira do adiamento da listagem pública do braço de serviços financeiros online do Alibaba, o Ant Group, e uma queda nas próprias ações do Alibaba.
O presidente e CEO da Tencent, “Pony” Ma Huateng, viu seu patrimônio cair para US$ 49,1 bilhões, em comparação com US$ 55,2 bilhões um ano atrás. Zhang Yiming, fundador da ByteDance, dona da rede social TikTok, se saiu melhor e viu sua fortuna dobrar para US$ 59,4 bilhões desde 2020, quando tinha “apenas” US$ 27,7 bilhões.
Entre os maiores ganhadores estão aqueles que se beneficiaram do aumento das vendas de empresas ligadas a setores de energia verde, nos quais a China é líder global, como o de baterias de íon-lítio. O país tem o maior mercado automotivo do mundo e também lidera as vendas de veículos elétricos. O patrimônio líquido mínimo para chegar ao ranking da Forbes subiu para US$ 5,74 bilhões, de US$ 5,03 bilhões um ano atrás.
Robin Zeng, presidente da fabricante de baterias Contemporary Amperex Technology, teve o segundo maior crescimento patrimonial. Sua fortuna foi de US$ 20,1 bilhões, no ano passado, para US$ 50,8 bilhões neste ano, o que lhe rendeu o terceiro lugar do ranking.
O rei da água engarrafada da China, Zhong Shanshan, presidente e fundador da Nongfu Spring, lidera a lista com um patrimônio de US$ 65,9 bilhões após sua empresa registrar aumento de receita no primeiro semestre.
Os gastos do consumidor no país asiático foram ajudados neste ano por políticas que limitaram as consequências da pandemia. A fortuna de Zhong também se beneficiou de um investimento bem-sucedido na Beijing Wantai Biological Pharmacy, uma fornecedora de produtos farmacêuticos cujas ações, listadas na Bolsa de Xangai, subiram 76% em meados de outubro em relação ao ano anterior.
Confira a lista dos dez mais ricos da China, segundo estimativas da Forbes.
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Image China Newscom 1. Zhong Shanshan
Patrimônio líquido: US$ 65,9 bilhões
Zhong Shanshan é CEO da Nongfu Spring, uma empresa de água engarrafada, que abriu capital na Bolsa de Hong Kong em setembro de 2020. Ele também controla a Beijing Wantai Biological Pharmacy, que começou a ser negociada na Bolsa de Valores de Xangai em abril de 2020. -
Gilles Sabrie/Bloomberg 2. Zhang Yiming
Patrimônio líquido: US$ 59,4 bilhões
Zhang Yiming é o fundador da ByteDance, companhia dona da rede social TikTok e uma das maiores plataformas de conteúdo digital da China, na qual já foi presidente e CEO. A empresa foi avaliada em US$ 180 bilhões em 2020, e Yiming tem uma participação acionária estimada em 22%. -
Divulgação 3. Robin Zeng
Patrimônio líquido: US$ 50,8 bilhões
Robin Zeng é o fundador e presidente da Contemporary Amperex Technology, uma das maiores fornecedoras de baterias para carros elétricos do mundo. A empresa foi listada na Bolsa de Valores de Shenzhen em 2018, e tem clientes como BMW, Volkswagen e Geely. -
VCG/Getty Images 4. Ma Huateng
Patrimônio líquido: US$ 49,1 bilhões
Ma Huateng é o presidente e cofundador da gigante da internet Tencent Holdings, que está entre as maiores empresas da China em capitalização de mercado. O seu aplicativo de mensagens, WeChat, tem mais de 1 bilhão de usuários. -
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Barcroft Media/Getty Images 5. Jack Ma
Patrimônio líquido: US$ 41,5 bilhões
Jack Ma é ex-CEO e cofundador do Grupo Alibaba, um dos maiores do setor de ecommerce mundial. Seu IPO na Bolsa de Valores de Nova York bateu o recorde de maior oferta pública de ações do mundo, levantando US$ 25 bilhões. -
VCG/Getty Images 6. Colin Zheng Huang
Patrimônio líquido: US$ 33,1 bilhões
Colin Huang é o ex-presidente da plataforma de ecommerce Pinduoduo, uma das maiores da China. A listagem da companhia nos Estados Unidos, em julho de 2018, levantou US$ 1,6 bilhões. Huang também fundou o site Ouku.com, e a empresa de jogos online Xinyoudi. -
VCG/Getty Images 7. He Xiangjian
Patrimônio líquido: US$ 32,1 bilhões
He Xiangjian é o fundador do Midea Group, uma fabricante de eletrodomésticos e condicionadores de ar split, cujas ações são negociadas na Bolsa de Valores de Shenzhen. A empresa tem mais de 200 subsidiárias ao redor do mundo. -
Anton Vaganov/Getty Images 8. Wei Jianjun
Patrimônio líquido: US$ 31 bilhões
Wei Jianjun é o presidente da Great Wall Motor, a maior montadora de veículos privada da China. Ele tomou a frente da Great Wall Automobile Industry Company, que antecedeu a empresa, quando tinha apenas 26 anos, em 1990. -
VCG/Getty Images 9. William Lei Ding
Patrimônio líquido: US$ 30 bilhões
William Ding é o CEO da Netease, uma das maiores empresas de jogos online do mundo. Os seus parceiros incluem a Mojang, uma subsidiária da Microsoft, e a Blizzard Entertainment. Ding já foi o homem mais rico da China e o primeiro bilionário do país cuja fortuna foi feita no setor de jogos, em 2003. -
VCG/Getty Images 10. Wang Wei
Patrimônio líquido: US$ 28,8 bilhões
Wang Wei é presidente da S. F. Holding, um serviço de delivery conhecido como o “FedEx da China”. Em março de 2018, a empresa obteve a primeira licença do país para entregas via drones. Wei tem uma participação acionária de aproximadamente 60%.
1. Zhong Shanshan
Patrimônio líquido: US$ 65,9 bilhões
Zhong Shanshan é CEO da Nongfu Spring, uma empresa de água engarrafada, que abriu capital na Bolsa de Hong Kong em setembro de 2020. Ele também controla a Beijing Wantai Biological Pharmacy, que começou a ser negociada na Bolsa de Valores de Xangai em abril de 2020.