O Magazine Luiza teve forte queda no lucro do terceiro trimestre, uma vez que a desaceleração dasvendas após um pico durante os primeiros meses da pandemia e maiores gastos com marketing pesaram na margem da varejista.
A companhia anunciou ontem que seu lucro ajustado de julho a setembro somou R$22,6 milhões, quase 90% de queda ante os R$215,9 milhões reportados um ano antes.
As vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e marketplace (3P) cresceram 12% ano a ano, para R$13,8 bilhões, com impulso do ecommerce, que avançou 22%, e redução de 8% nas lojas físicas. No ano passado, o comércio eletrônico da companhia tivera um salto de 148%.
“A performance das lojas físicas foi impactada pela piora dos indicadores macroeconômicos como o aumento da inflação e da taxa de juros”, afirmou o Magazine Luiza no relatório.
Como reflexo do contínuo ganho de participação dos canais digitais nas vendas, a margem bruta ajustada da companhia caiu 1,5 ponto percentual ano a ano, para 24,7%. Ainda assim, a empresa citou dados de consultoria para afirmar que teve ganho de participação de mercado no período.
E as despesas operacionais ajustadas subiram a 20,6% da receita líquida, alta de 1,1 ponto, com menor diluição das despesas nas lojas físicas e aumento das despesas de marketing no e-commerce.
Com isso, o resultado operacional do grupo medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu 37,5% no comparativo anual, a R$351 milhões. A margem Ebitda caiu de 6,8% para 4,1%.
O Magazine Luiza afirmou ainda que o total de transações processadas por seu braço financeiro somou 18,5 bilhões de reais notrimestre, salto de 98,5% em um ano. A base de cartões de crédito atingiu 6,6 milhões de cartões, 33,3% maior.
A empresa terminou setembro com um saldo de caixa ajustado de R$9,1 bilhões.