O Ibovespa fechou hoje (15) em alta de 0,83%, a 108.326 pontos. As principais influências positivas ao índice foram as blue chips Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3 e PETR4), que avançaram 3,91%, 2,07% e 1,33%, respectivamente, na esteira da alta das commodities no exterior.
O cenário político brasileiro também apresentou alívio após o Congresso aprovar, nesta tarde, o texto-base remanescente da PEC dos Precatórios. A proposta havia voltado para análise dos deputados após sofrer alterações no Senado. A votação abriu espaço fiscal de mais de R$ 100 bilhões no Orçamento de 2022.
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“Com a virada das bolsas norte-americanas, [que estão] em processo de realização de lucro após o fechamento de ontem, o Ibovespa mais uma vez não conseguiu romper o topo da faixa de 109 mil pontos e anular a tendência de baixa de curtíssimo prazo”, comenta Rafael Ribeiro, analista de investimentos da Clear Corretora.
Os ganhos do dia foram limitados pelo RTI (Relatório Trimestral de Inflação), elaborado pelo Banco Central, que mostrou que a autoridade monetária reduziu sua projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2022, de 2,1% para 1,0%.
Entre os destaques positivos do dia, estão os papéis da Americanas (AMER3), Lojas Americanas (LAME4) e CSN (CSNA3), que registraram avanços de 8,93%, 8,58% e 6,04%, respectivamente. Nesta semana, os acionistas da Americanas aprovaram a fusão com a atual holding da empresa, a Lojas Americanas.
Em Wall Street, os índices encerraram o dia em queda. O Dow Jones caiu 0,08%, a 35.897 pontos; o S&P 500 recuou 0,87%, a 4.668 pontos; e o Nasdaq registrou perdas de 2,47%, a 15.180 pontos.
Enquanto a sessão de ontem foi marcada pela decisão de política monetária do Federal Reserve, o banco central norte-americano, na sessão de hoje esse movimento se expandiu. Por um lado, economias como o Reino Unido anunciaram aumentos nas taxas de juros para conter a inflação causada pela pandemia; por outro, mercados como o europeu anunciaram passos tímidos para redução de estímulos.
Os diferentes caminhos percorridos pelos bancos centrais sublinham as profundas incertezas sobre como a variante Ômicron, de rápida disseminação, atingirá a economia global. Eles também ressaltam as visões divergentes sobre a inflação teimosamente alta e os obstáculos nas cadeias de abastecimento internacional.
O dólar fechou em queda de 0,47%, negociado a R$ 5,6786 na venda. A divisa interrompeu uma sequência de cinco ganhos diários consecutivos após o Banco Central injetar moeda à vista no mercado. “No quadro mais amplo, o ambiente para o câmbio de países emergentes continuará desafiador com a chegada do primeiro aumento de juros do Fed”, afirmam estrategistas do Citi. (Com Reuters)