O Ibovespa fechou hoje (7) em alta de 0,65%, a 107.557 pontos, na quarta sessão consecutiva de ganhos. A diminuição dos temores sobre a nova variante da Covid-19 levou ao aumento dos preços das commodities, o que beneficiou ações de petrolíferas, mineradoras e siderúrgicas.
O Copom (Comitê de Política Monetária) encerra na noite de hoje o primeiro dia de sua última reunião do ano. O evento está no radar dos investidores por conta das expectativas de elevação da Selic. A taxa básica de juros atual é de 7,75% ao ano; analistas acreditam que ela será elevada em 1,50 ponto-percentual, chegando a 9,25% ao ano.
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“A subida de juros não impacta a Bolsa apenas na questão das ações, mas também no fluxo de investimentos. A subida nos juros torna a renda fixa mais atrativa, então os investidores da renda variável tendem a migrar”, diz Antonio Carlos Pedrolin, líder da mesa de renda variável da Blue3.
Os participantes do mercado também permanecem atentos ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) referente ao mês de novembro, que deverá ser divulgado nesta sexta-feira (10).
Entre os destaques positivos da sessão estão Banco Inter (BIDI11 e BIDI4) e Méliuz (CASH3), com altas de 13,36%, 12,14% e 13,58%, respectivamente. O movimento acompanha a tendência do exterior, que viu as empresas de tecnologia ganharem fôlego com a recuperação do mercado após quedas provocadas pela variante ômicron.
Em Wall Street, os índices também fecharam em alta. O Dow Jones subiu 0,40%, a 35.719 pontos, o S&P 500 registrou ganhos de 2,07%, a 4.686 pontos, e o Nasdaq avançou 3,03%, a 15.686 pontos.
Todos os principais setores do S&P 500 registraram avanço, com o de tecnologia da informação, que abriga empresas como Visa, Mastercard e Apple, liderando os ganhos com alta de 3,51%. Entre os destaques do dia está a Intel (INTC), que subiu mais de 5% após divulgar que planeja abrir o capital da sua unidade de carros autônomos, a Mobileye, em 2022.
O dólar fechou em queda de 1,27%, negociado a R$ 5,6178 na venda, refletindo a demanda global por ativos arriscados. Segundo Alexandre Netto, chefe de câmbio da Acqua-Vero Investimentos, a sessão é marcada por “um movimento de ‘risk-on’, ou seja, maior apetite de risco”. “[Vemos] bolsas no azul, commodities subindo e várias moedas emergentes ganhando contra o dólar hoje”, diz ele. (Com Reuters)