O ano passado foi o quinto mais quente já registrado, enquanto os níveis de gases aquecedores do planeta, como o dióxido de carbono e o metano, chegaram a novos patamares recordes em 2021, afirmaram cientistas da União Europeia.
O Serviço Copérnico de Mudanças Climáticas da UE (C3S) anunciou em um relatório hoje (10) que os últimos sete anos foram os mais quentes do planeta por uma “margem clara” em registros que datam desde 1850, e a temperatura global média em 2021, foi entre 1,1 e 1,2º Celsius acima dos níveis de 1850 a 1900.
Os anos mais quentes já registrados até hoje foram 2020 e 2016.
Vários países estão comprometidos com o Acordo de Paris de 2015 para limitar o aumento das temperaturas globais em 1,5ºC, nível que, segundo os cientistas, vai evitar os piores impactos do aquecimento global. A meta requer que as emissões sejam cortadas pela metade até o ano de 2030, mas até agora, elas só aumentaram.
Conforme as emissões alteram o clima do planeta, a tendência de aquecimento no longo prazo continua. As mudanças climáticas exacerbaram muitos dos eventos climáticos extremos que marcaram o mundo em 2021, desde inundações na Europa, China e Sudão do Sul, aos incêndios florestais nos Estados Unidos.
“Esses eventos são um forte lembrete da necessidade de mudarmos nosso modo de vida, e de tomarmos medidas decisivas e eficientes em direção a uma sociedade sustentável e o trabalho em direção à redução de emissões líquidas de carbono”, afirmou o diretor do C3S Carlo Buontempo.