O Departamento de Comércio dos Estados Unidos disse ontem (26) que uma pesquisa global com produtores e usuários de chips semicondutores mostra que a escassez persistirá, provocada principalmente por restrições de capacidade de produção de wafers.
A pesquisa voluntária de 150 empresas no ano passado na cadeia de suprimentos confirmou que “há um descompasso significativo e persistente na oferta e demanda de chips, e os entrevistados não viram o problema desaparecendo nos próximos seis meses”.
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A secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, disse a repórteres que o departamento “em alguns casos não conseguiu realmente o que precisávamos e vamos ir de empresa por empresa e fazer engajamento pessoal e obter o que precisamos”.
O Ministério da Economia de Taiwan, respondendo à pesquisa, reiterou que as empresas taiwanesas estão trabalhando duro para produzir chips e coordenando com “importantes parceiros de negócios internacionais” para fortalecer as cadeias de suprimentos.
A TSMC, a empresa listada mais valiosa da Ásia e a maior fabricante global de chips contratados, não quis comentar.
Os Estados Unidos podem obrigar empresas estrangeiras de semicondutores com operações no país a responder perguntas detalhadas sobre a indústria de chips.
O Departamento de Comércio disse que viu alguns preços excepcionalmente altos entre alguns chips usados por montadoras e fabricantes de dispositivos médicos.
O departamento disse que “vai engajar a indústria na solução de problemas específicos nas próximas semanas. Também analisaremos reclamações sobre preços excepcionalmente altos”.
“A demanda por chips está alta. Está aumentando”, disse Raimondo, acrescentando que a demanda agora está cerca de 20% acima dos níveis de 2019. “Não há muitas boas notícias” nesta pesquisa, acrescentou.
O departamento informou que o estoque médio para consumidores de chips importantes caiu de 40 dias em 2019 para menos de 5 dias em 2021.
O presidente dos EUA, Joe Biden, tem pressionado o Congresso a aprovar mais verbas para aumentar a produção de chips nos Estados Unidos, já que a escassez dos principais componentes usados em automóveis e computadores exacerbou os gargalos da cadeia de suprimentos.