O dogecoin, moeda rival do bitcoin que foi criada com inspiração em um meme, disparou hoje (14) após Elon Musk revelar que ele pode ser usado para comprar mercadorias da Tesla.
O preço do dogecoin, que estava muito abaixo de seu pico de cerca de US$ 0,70, estabelecido em maio do ano passado, saltou cerca de 30% após o tweet de Musk anunciando o apoio da Tesla à criptomoeda. Desde então, o dogecoin recuou e voltou a subir cerca de 13% ontem (13).
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Enquanto isso, o preço do bitcoin caiu para US$ 40 mil, sofrendo junto a outras moedas digitais após uma enorme liquidação nos últimos dois meses que eliminou cerca de US$ 1 trilhão do mercado de criptomoedas.
“Merchandising da Tesla comprável com dogecoin”, escreveu Musk no Twitter. O chamado cyberwhistle da Tesla, um cinto de fivela do Texas e o quadriciclo elétrico da fabricante agora podem ser comprados com dogecoin, de acordo com o site da Tesla.
A Tesla trabalhava para aceitar o dogecoin desde dezembro, quando Musk twittou que a empresa veria “como as coisas seriam” com a opção de pagamento em criptomoeda. Ainda não está claro se a Tesla também aceitará dogecoin no pagamento por seus veículos elétricos.
O anúncio de Musk provocou uma reação mista da comunidade criptoativos, com os apoiadores do bitcoin condenando a preferência de Musk pelo dogecoin, vista como uma brincadeira.
“Doge agora tem adoção institucional maior do que a do bitcoin”, uma conta popular de criptomoedas respondeu ao tweet de Musk.
No mês passado, Musk previu que o dogecoin, ou talvez alguma outra criptomoeda, acabaria se tornando a moeda oficial de Marte. O bilionário já havia sugerido algo do tipo quando propôs um projeto para usar sua empresa de foguetes SpaceX para “colocar um dogecoin literalmente na Lua. “
Ao longo do ano passado, Musk pediu repetidamente aos desenvolvedores de dogecoin que atualizassem a criptomoeda para que ela tivesse melhor desempenho na concorrência com o bitcoin e o ethereum. Musk acha que o dogecoin deve reduzir as taxas e acelerar os tempos de transação para “superar o bitcoin com facilidade”.
Em 2021, a Tesla começou a aceitar bitcoin para compras de carros, mas Musk interrompeu o suporte à criptomoeda menos de dois meses depois, citando o enorme uso de energia na mineração e a enorme pegada de carbono.
Pesquisas realizadas no ano passado mostraram que cada transação de bitcoin consome uma média de 1.173 quilowatts-hora de eletricidade, o equivalente a mais de US$ 100. As tentativas de medir com precisão as demandas de energia da rede bitcoin têm sido criticadas por muitos na comunidade de criptomoedas que as veem como injustamente duras.
“Criptomoedas são uma boa ideia em vários aspectos e acreditamos que elas têm um futuro promissor, mas isso não pode ter um grande custo para o meio ambiente”, disse Musk em comunicado na época.
A Tesla continua a deter mais de US$ 1 bilhão em bitcoin, de acordo com seu balanço. As criptomoedas foram compradas há mais de um ano.