A economia dos EUA expandiu em um ritmo modesto no final do ano passado, com empresas norte-americanas dizendo que o crescimento continua a ser limitado por interrupções na cadeia de suprimentos e escassez de mão de obra, enquanto os preços exibiram “crescimento sólido”, mostrou uma pesquisa realizada pelo Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) divulgada hoje (12).
“Embora o otimismo tenha permanecido alto no geral, vários distritos citaram relatórios empresariais de que as expectativas de crescimento nos próximos meses esfriaram um pouco nas últimas semanas”, afirmou o banco central dos EUA em seu último relatório econômico “Livro Bege”, que é compilado a partir de dados de contatos comerciais em todo o país.
O documento também apontou “uma forte retração” nas viagens de lazer, ocupação de hotéis e clientes em restaurantes, conforme cresceu o número de novos casos de coronavírus.
Com a inflação agora persistentemente maior que o dobro da meta anual flexível de 2%, o Fed já tem tomado medidas para contê-la e sinalizou que a era da política monetária “ultrafrouxa”, em vigor desde o início da pandemia de Covid-19, está efetivamente encerrada, mesmo que a variante Ômicron estimule uma onda recorde de infecções em todo o país e no mundo inteiro.
Na terça-feira, o chair do Fed, Jerome Powell, disse ao Comitê Bancário do Senado dos EUA, durante sua audiência de confirmação para um segundo mandato como chefe do banco central, que a economia deve resistir ao atual surto de Covid-19 com apenas impactos “de curta duração” e que estava pronta para o início de uma política monetária mais restritiva.
O banco central começou a diminuir em novembro suas compras mensais de Treasuries e títulos lastreados em hipotecas, introduzidos para ajudar a nutrir a economia durante a pandemia de coronavírus, e agora deve encerrar esse programa completamente até meados de março, o que abre caminho para começar a aumentar as taxas de juros em sua reunião de política monetária de 15 e 16 de março.
Dados do Departamento do Trabalho dos EUA, nesta quarta-feira, mostraram que os preços ao consumidor subiram 7% em dezembro em relação ao ano anterior, o ritmo mais rápido de elevação desde 1982, embora autoridades e economistas privados apontem que a taxa está próxima de seu pico.