O Federal Reserve deve sinalizar hoje (26) planos de elevar a taxa de juros em março conforme se foca no combate à inflação e deixa de lado, ao menos por enquanto, riscos econômicos apresentados pela pandemia do coronavírus, pela volatilidade do mercado e por temores do Ocidente com uma invasão da Ucrânia pela Rússia.
A decisão de política monetária, a ser divulgada às 16h (horário de Brasília), não vai comprometer o banco central norte-americano com um curso particular de ação para quando seu comitê de decisão de juros se reunir de novo em sete semanas.
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Mas, se não houver uma grande mudança na trajetória da economia, o Fed deve começar a retirar o suporte da era da pandemia no encontro de março, apostando que uma combinação de juros mais altos e presença menor do banco central em mercados financeiros ajudará a desacelerar o ritmo de alta dos preços.
As reuniões antes de tais medidas monetárias são tipicamente usadas para telegrafar o que está por vir.
Com a inflação nos EUA “muito alta“ e a taxa de desemprego em apenas 3,9%, o chair do Fed, Jerome Powell, e seus colegas “vão elogiar a economia sem parecerem apocalípticos em relação à inflação, preparando o terreno para um aumento” dos juros em março, disse o economista da Cornerstone Macro Roberto Perli em nota.
Eles também devem continuar debatendo como e quando reduzir a carteira de Treasuries e títulos lastreados em hipotecas do banco central.
Powell dará entrevista à imprensa meia hora depois da divulgação do comunicado. As autoridade do Fed não fornecerão hoje (26) projeções econômicas e para os juros atualizadas.