A expansão da geração de energia eólica e solar no sul da região Nordeste demandará investimentos de R$ 18,2 bilhões em novas instalações para escoamento de energia para outras localidades do país, segundo estudos apresentados hoje (19) pelo Ministério de Minas e Energia e a Empresa de Pesquisa Energética.
As obras para reforço da transmissão são recomendadas para o médio prazo, e a previsão é que a maior parte seja licitada em 2023, disse um representante do governo.
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Os empreendimentos avaliados fazem parte de um primeiro estudo da EPE para iniciar um novo ciclo de expansão da transmissão de energia no Nordeste.
Os R$ 18,2 bilhões apresentados se referem apenas a obras no sul da região, conectando Bahia e Sergipe com o norte de Minas Gerais e Espírito Santo.
Numa primeira etapa, o governo estimou a necessidade de R$ 11,6 bilhões em novas instalações de transmissão no sul do Nordeste, usando como base o ano de 2028. Nesse conjunto de obras, estão contemplados 4.400 quilômetros de novas linhas e três subestações, além de expansões na rede já existente.
Parte dessas obras já está incluída em lotes que serão oferecidos ao mercado no próximo leilão de transmissão, previsto para o primeiro semestre de 2022, segundo Paulo Cesar Domingues, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia.
Já numa segunda fase, para o ano de 2030, o governo prevê mais R$ 6,6 bilhões em investimentos, em 2.100 quilômetros de novas linhas e uma nova subestação para o sul do Nordeste.
“Essas obras, nossa previsão é de que sejam incluídas no leilão 01 de 2023, após a conclusão de todos os relatórios”, disse Domingues, durante evento de apresentação do estudo.
Também presente no evento, o presidente da EPE, Thiago Barral, destacou o forte crescimento da geração renovável no país.
“Até março deste ano, a EPE vai entregar o desenho da expansão de um novo ciclo de infraestrutura de transmissão, sobretudo para integração de renováveis”, disse, destacando que as obras são de médio prazo.