O Ibovespa fechou hoje (13) em leve queda de 0,15%, a 105.529 pontos, em uma sessão marcada pela volatilidade. A principal influência positiva foi a Petrobras (PETR3 e PETR4), cujos papéis subiram 2,42% e 2,02%, na esteira do avanço dos preços do petróleo no exterior, enquanto a Vale (VALE3) pesou na outra ponta, com queda de 1,52%.
Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o volume de serviços prestados no Brasil cresceu mais do que o esperado em novembro, apesar do salto da inflação no final de 2021. O avanço foi de 2,4% na comparação com outubro, interrompendo dois meses seguidos de perdas.
Porém, isso não foi suficiente para sustentar o otimismo entre os investidores. “Sempre apontamos que o maior risco para o ano corrente é o fiscal. E, mesmo tendo observado melhora em alguns dados, o mercado não reagiu positivamente porque os anos eleitorais são perigosos do ponto de vista fiscal”, diz João Beck, economista e sócio da BRA.
Outra notícia de destaque hoje foi o decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro que, na prática, submete as decisões do Ministério da Economia sobre o Orçamento à autorização prévia da Casa Civil.
Os destaques positivos da sessão incluíram os papéis do Marfrig (MRFG3), PetroRio (PRIO3) e Minerva (BEEF3), que registraram avanços de 5,18%, 3,09% e 3,06%, respectivamente.
Em Wall Street, os índices também encerraram o dia em queda. O Dow Jones cedeu 0,49%, a 36.113 pontos; o S&P 500 caiu 1,42%, a 4.659 pontos; e o Nasdaq perdeu 2,51%, a 14.806 pontos.
Nos Estados Unidos, o foco da sessão foi o discurso de Lael Brainard, diretora do Federal Reserve, banco central norte-americano, em dia de confirmação de sua vice-presidência. Ela afirmou que a autoridade monetária trará “a inflação para baixo o mais rápido que pudermos, mas levando em conta o crescimento da economia.”
O Dow Jones registrou alta durante boa parte do dia, beneficiado pelo dado de inflação ao produtor nos Estados Unidos, que veio pouco abaixo do esperado em dezembro, reduzindo preocupações de um ritmo mais rápido de alta de juros no país.
“Além da oscilação da Bolsa de Nova York, um dos principais drivers do mercado esteve ligado ao risco imposto pela nova variante Ômicron da Covid-19 e seus possíveis efeitos na atividade econômica. Mesmo que as informações mostrem que se trata de uma cepa mais gerenciável, alguns países na Europa e na Ásia tiveram que retomar restrições”, diz Eduardo Teles, especialista de renda variável da Blue3.
O dólar fechou em queda de 0,14%, negociado a R$ 5,5279 na venda, renovando seu menor patamar de fechamento em quase dois meses. Os debates sobre os próximos passos da política monetária nos Estados Unidos foram o principal fator na queda da divisa. (Com Reuters)