O Ibovespa fechou hoje (19) em alta de 1,26%, a 108.013 pontos, descolando do mercado internacional. O desempenho do índice foi, mais uma vez, impulsionado pelas commodities metálicas, embora o avanço das varejistas também tenha contribuído para o tom otimista da sessão.
A Vale (VALE3) subiu 2,20%, após o minério de ferro encerrar em alta de aproximadamente 4% em Dalian, puxada por novidades na China. O vice-governador do banco central chinês, Liu Guoqiang, anunciou ontem (18) que o país “deverá introduzir mais políticas que conduzam à estabilidade” e “avançar na curva do mercado”.
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Expectativas de mais medidas pró-crescimento na China aumentam as esperanças de uma recuperação na demanda por metais.
Os destaques positivos da sessão incluíram os papéis da Locaweb (LWSA3), Americanas (AMER3) e Lojas Americanas (LAME4), que avançaram 12,91%, 10,63% e 9,58%, respectivamente. A alta no setor varejista foi motivada por uma queda na curva de juros brasileira, com os contratos DI caindo em bloco, embora as perspectivas de alta da Selic ainda pressionem o setor.
No cenário fiscal doméstico, o dia foi de monitoramento das mobilizações de servidores públicos federais em busca de reajustes salariais que, se aprovados, podem sair do Orçamento da União.
Em Wall Street, os índices encerraram o dia no vermelho. O Dow Jones caiu 0,96%, a 35.028 pontos; o S&P 500 subiu 0,97%, a 4.532 pontos; e o Nasdaq ganhou 1,15%, a 14.340 pontos.
Pela manhã, os resultados trimestrais do Bank of America e do Morgan Stanley foram responsáveis por sustentar os índices no azul, ao encerrarem as divulgações de balanços de grandes credores em tom positivo. O primeiro viu o seu lucro subir para US$ 6,77 bilhões, enquanto o outro apurou lucro líquido de US$ 3,7 bilhões.
O clima piorou, porém, quando investidores passaram a fazer projeções sobre a reunião de política monetária do Federal Reserve, banco central norte-americano, na semana que vem, em busca de mais pistas sobre seu plano de combate à inflação.
O dólar encerrou o dia em queda de 1,70%, negociado a R$ 5,4654 na venda, quebrando um importante suporte técnico e fechando no menor patamar em dois meses, com o real liderando os ganhos entre as principais moedas globais em meio a um rali nas commodities e alívio nas tensões fiscais. (Com Reuters)