O lançamento da oferta de capitalização da Eletrobras está previsto para meados de março, com a precificação da operação ocorrendo em abril, afirmou nesta quarta-feira (5) um representante do BNDES em audiência pública.
A assembleia extraordinária de acionistas para discutir a privatização da Eletrobras deverá ser realizada em fevereiro, segundo o cronograma apresentado por Leonardo Mandelblatt, chefe do departamento de Estruturação de Empresas e Desinvestimento do BNDES.
“Temos a expectativa de ter, em março, um acórdão do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a desestatização, lembrando que antes disso tem um outro acórdão do TCU, para janeiro, sobre a descotização (das usinas da Eletrobras)”, acrescentou.
A projeção sobre o período da precificação, reafirmada pelo BNDES, ocorreu após o governo realizar alguns ajustes em valores, conforme recomendado pelo TCU.
Ainda durante a audiência, o banco Genial, que compõe o consórcio de assessores da desestatização, apresentou alguns cenários para a oferta primária e uma potencial oferta secundária, caso a primeira não seja suficiente para diluir a participação da União a 45% do capital votante da Eletrobras.
Usando como base o valor referencial de 24,4 bilhões de reais para a oferta primária –ponto médio da faixa estabelecida pelo governo, de 22 bilhões a 26,6 bilhões de reais–, uma potencial oferta secundária pode variar de 500 milhões de reais e 8,4 bilhões de reais, a depender do preço por ação da Eletrobras, de acordo com cenários apresentados pelo Genial.
Para estimar potenciais valores da oferta secundária, foi utilizada uma faixa de preços de 32,57 reais a 55 reais por ação da estatal.
Segundo o banco Genial, a quantidade de ações objeto das ofertas primárias e secundária será definida no momento do lançamento da oferta, com base na cotação da Eletrobras dos 15 dias anteriores.
As ações preferenciais da Eletrobras eram negociadas nesta quarta-feira (5) com queda de 0,7%, a 31,17 reais.