A caderneta de poupança fechou 2021 com saque líquido de 35,497 bilhões de reais, depois de em 2020 ter captado um recorde de mais de 166 bilhões de reais, mostraram dados do Banco Central hoje (6).
Ao longo do ano passado os saques superaram os depósitos no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) — uma fonte de financiamento imobiliário — no valor de R$ 34,755 bilhões. Já na poupança rural — voltada para empréstimos ao agronegócio — as saídas foram menores, de R$ 741,413 milhões.
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Em dezembro de 2021, contudo, a poupança registrou entrada líquida de R$ 7,660 bilhões, sendo R$ 6,138 bilhões na SBPE e R$ 1,522 bilhão na poupança rural.
A saída líquida de recursos da carteira em 2021 indica um ajustamento depois das expressivas entradas em 2020, ano de maior incerteza econômica que pode ter levado mais pessoas a fazer economias.
Houve no ano passado sete meses de resgate líquido na poupança, concentrados no primeiro trimestre e no último quadrimestre. Janeiro foi o mês de maior saída (menos R$ 18,154 bilhões), seguido por novembro (menos R$ 12,377 bilhões).
Com os juros básicos da economia acima de 8,5% ao ano (a Selic está em 9,25%), os depósitos na poupança voltaram a ter rendimento fixo de 0,5%, ou 6,17% ao ano, acrescido da taxa referencial (TR).