A Thyssenkrupp pretende obter receitas com seu setor de eletrólise de até 600 milhões de euros (US$ 687 milhões) com a venda de novas ações em uma possível oferta pública inicial este ano, apostando no setor de fornecimento de hidrogênio de 130 bilhões de dólares.
A empresa pretende se manter como acionista majoritária no negócio – que está sendo renomeado como Thyssenkrupp Nucera – após um IPO e visa manter a atual proporção de participação com seu co-proprietário italiano De Nora, disse Volkmar Dinstuhl, que lidera a divisão Multi Tracks do conglomerado. A decisão implica um free-float de até 25%.
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Os 500 milhões a 600 milhões de euros em receitas potenciais de IPO corresponderiam a uma venda de participação de aproximadamente 10% a 20% com base em uma faixa de avaliação de 3 bilhões a 6 bilhões de euros que os analistas colocaram na divisão, que pode ser listada na primavera.
Demanda
“A demanda é enorme. Queremos aproveitar essa oportunidade”, disse à Reuters Denis Krude, presidente-executivo da Thyssenkrupp Nucera, antes da abertura do mercado de capitais na quinta-feira, quando investidores estão obtendo mais detalhes sobre o negócio pela primeira vez.
“Somos líderes em tecnologia para eletrólise e estamos no mercado há décadas”, acrescentou Krude, que lidera a divisão desde outubro de 2016.
No ano fiscal até o final de setembro, a Thyssenkrupp Nucera registrou Ebitda de 27 milhões de euros, enquanto as vendas chegaram a 319 milhões de euros, um nível que deve triplicar para 900 milhões a 1 bilhão de euros em 2025/26.
“O mercado tem um enorme potencial”, disse Krude, acrescentando que a Nucera investirá de 200 milhões a 300 milhões de euros até 2024/25, dos quais 150 milhões a 200 milhões euros serão gastos em movimentos estratégicos, incluindo parcerias, produção e negócios menores.
A Thyssenkrupp, que fabrica de tudo, desde aço e submarinos até autopeças e fábricas de fertilizantes, vê um IPO como a opção preferida para a Nucera, mas ainda não tomou uma decisão final.
“Para o grupo Thyssenkrupp, o mais importante em um possível IPO é a chamada cristalização de valor”, disse Dinstuhl.