Os principais bancos centrais do mundo estão prestes a embarcar no “maior aperto quantitativo da história”, disseram analistas do Morgan Stanley hoje (4), estimando que US$ 2,2 trilhões em apoio desaparecerão nos próximos 12 meses.
Um aumento na inflação global está forçando os bancos centrais de Estados Unidos (Fed), zona do euro (BCE), Japão (BoJ) e Reino Unido (BoE) a desfazer parte das medidas de apoio adotadas durante a pandemia de coronavírus.
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Espera-se agora que o Fed suba as taxas de juros dos EUA cinco vezes neste ano, o que seria o ciclo mais acelerado desde os anos de 2005 e 2006. Nesta semana o BoE aumentou os juros pela segunda vez em três meses, enquanto o BCE alimentou apostas de que fará sua primeira alta de juros em uma década.
“Os balanços dos bancos centrais do G4 atingirão o pico em maio”, disseram analistas do Morgan Stanley, acrescentando que a redução de US$ 2,2 trilhões esperada por eles seria 4,5 vezes maior do que em 2018, quando cerca de US$ 500 bilhões em suporte foram perdidos.
“Prevemos que o balanço do Banco Central Europeu realmente encolha mais rapidamente que o do Fed de maio de 2022 a maio de 2023, devido à menor liquidez via TLTROs”, disseram eles, referindo-se à provisão de financiamento ultrabarata e ilimitada do BCE para bancos da zona do euro.