O Ibovespa opera em alta de 0,53% na abertura do pregão de hoje (16), aos 115.439 pontos, às 10h30, horário de Brasília. Na pauta de hoje, está a divulgação da ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), que trará mais informações sobre a política monetária dos Estados Unidos.
O documento deve esclarecer os planos do Federal Reserve, banco central norte-americano, para reduzir seu enorme balanço patrimonial e aumentar os juros em 2022. Juros mais altos no país favorecem os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, provocando um movimento de fuga de mercados emergentes como o Brasil.
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No cenário doméstico, o destaque é para a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Combustíveis, que propõe a redução dos preços dos combustíveis no país. O projeto pode afetar a saúde fiscal do Brasil, e, por isso, será acompanhado de perto pelo mercado.
O dólar opera em queda de 0,25%, sendo negociado a R$ 5,1678 na venda.
Nos Estados Unidos, os índices futuros registram queda enquanto investidores continuam acompanhando as tensões na Ucrânia. O presidente dos EUA, Joe Biden, disse ontem (15) que Washington estima que 150 mil soldados russos cercam a Ucrânia e que os relatos de que algumas tropas teriam se retirado ainda não foram verificados.
Na Ásia, o mercado acionário chinês fechou em alta impulsionado por novos dados de inflação. Segundo a Agência Nacional de Estatísticas, o índice de preços ao produtor subiu 9,1% em janeiro na base anual, ante expectativa de avanço de 9,5%. Foi a leitura mais fraca desde julho.
Analistas acreditam que o enfraquecimento da inflação abre espaço para que o Banco Central da China afrouxe a política monetária, mesmo que as autoridades de outros países estejam adotando posturas mais austeras.
O Hang Seng, de Hong Kong, subiu 1,49%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,25%. Já no Japão, o índice Nikkei ganhou 2,22%, enquanto o Shangai, na China continental, subiu 0,57%.
Na Europa, os principais índices operam sem direção única. Dados da Eurostat mostraram que a produção industrial da zona do euro foi muito melhor do que o esperado em dezembro, subindo 1,2% sobre o mês anterior, e 1,6% na base anual. Economistas esperavam alta mensal de 0,3% e queda anual de 0,5%.
Por outro lado, os preços ao consumidor no Reino Unido saltaram ao ritmo anual mais rápido em quase 30 anos, reforçando as chances de que o Banco Central Britânico eleve os juros pela terceira reunião seguida. A taxa subiu a 5,5% em janeiro, acima das expectativas de economistas, que esperavam manutenção em 5,4%.
“A surpresa desta manhã para a inflação no Reino Unido serve para ressaltar uma tendência global recente: uma inflação mais alta e mais persistente pegou os bancos centrais desprevenidos e abriu a porta para mais aumentos de juros neste ano”, afirma Ambrose Crofton, estrategista global do J.P. Morgan Asset Management.
Por volta das 10h30, o Stoxx 600 caía 0,05%; na Alemanha, o DAX cedia 0,08%; na França, o CAC 40 operava em queda de 0,10%; na Itália, o FTSE MIB perdia 0,42%; enquanto, no Reino Unido, o FTSE 100 recuava 0,36%.
No cenário das commodities, os contratos futuros do aço inoxidável negociados na China saltaram para seu maior nível em mais de três meses, impulsionados pelos altos custos de insumos e otimismo sobre a demanda.
Já o minério de ferro permaneceu em queda, pressionado pelos esforços de Pequim para conter quaisquer irregularidades no mercado. (Com Reuters)