O Ibovespa opera em alta de 0,27% na abertura do pregão de hoje (15), a 114.207 pontos, às 10h35, horário de Brasília. Os mercados acionários globais reagem à diminuição das tensões na fronteira da Ucrânia, após a Rússia anunciar a retirada de algumas tropas da Crimeia.
“Apesar da volatilidade no cenário geopolítico, que tem se traduzido em volatilidade financeira, os investidores seguem buscando oportunidades de compra em meio à percepção de expressivos descontos nos ativos de risco”, diz Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.
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No cenário local, investidores analisam o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10), que avançou 1,98% em fevereiro, após subir 1,79% em janeiro. A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço menor, de 1,93%.
“Os grandes destaques para a aceleração da taxa do IGP são importantes commodities e combustíveis: minério de ferro (8,06%), soja (7,32%), milho (9,22%) e óleo diesel (7,71%). A contribuição desses quatro responde por 65% do resultado do IPA”, explica André Braz, coordenador do índice.
O dólar opera em queda de 0,47%, sendo negociado a R$ 5,1948 na venda. O patamar elevado dos juros domésticos segue atraindo fluxos estrangeiros.
Nos Estados Unidos, os índices futuros registram alta. Investidores aguardam a divulgação do relatório de janeiro para preços no atacado, realizado pelo Departamento do Trabalho, bem como o Empire State Manufacturing Index, ainda nesta manhã.
Na Ásia, o mercado acionário chinês fechou em alta. As empresas de saúde e nova energia lideraram os ganhos após o Banco Central da China injetar 300 bilhões de iuanes (US$ 47,19 bilhões) no sistema financeiro para sustentar o crescimento econômico.
A operação foi realizada através de empréstimos de médio prazo. Na sexta-feira (11), o banco central havia dito que iria manter a liquidez razoavelmente ampla e intensificar o suporte financeiro para setores importantes e elos fracos da economia.
Já o mercado acionário japonês fechou em baixa, pressionado por dados macroeconômicos aquém do esperado. A terceira maior economia do mundo expandiu a uma taxa anualizada de 5,4% entre outubro e dezembro, abaixo da expectativa do mercado de avanço de 5,8%.
O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,82%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 3,08%. Já no Japão, o índice Nikkei recuou 0,79%, enquanto o Shangai, na China continental, subiu 0,50%.
Na Europa, os principais índices operam em alta, apesar de dados macroeconômicos decepcionantes. Segundo a Eurostat, o crescimento econômico da zona do euro desacelerou com força no quarto trimestre de 2021, após a atividade ser afetada pela variante Ômicron da Covid-19 e pelo aumento de preços.
O PIB (Produto Interno Bruto) nos 19 países que compõem o grupo cresceu 0,3% entre outubro e dezembro sobre o terceiro trimestre, registrando aumento de 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O salto nos preços de energia também afetou a balança comercial da região, levando a um déficit comercial de US$ 4,6 bilhões em dezembro.
Por volta das 10h35, o Stoxx 600 ganhava 1,27%; na Alemanha, o DAX subia 1,69%; na França, o CAC 40 operava em alta de 1,37%; na Itália, o FTSE MIB ganhava 1,67%; enquanto, no Reino Unido, o FTSE 100 avançava 0,80%.
No cenário das commodities, os preços do petróleo e do minério de ferro registram perdas, refletindo a diminuição das tensões geopolíticas no leste europeu. (Com Reuters)