O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, conforme as infecções por Covid-19 diminuíam, sugerindo que a desaceleração do crescimento do emprego em janeiro deve ter sido temporária.
Houve queda de 23 mil pedidos iniciais de auxílio-desemprego, resultando em 238 mil pedidos totais na semana encerrada em 29 de janeiro, informou o Departamento do Trabalho americano hoje (3). A previsão, mais elevada, era de 245 mil pedidos para a última semana.
Do início de janeiro até o meio do mês, as solicitações aumentaram em meio a um surto de infecções por coronavírus, impulsionado pela variante Ômicron. A atividade empresarial, especialmente no setor de serviços, foi impactada pela última onda.
O Relatório Nacional de Emprego da ADP, publicado ontem (2), mostrou que houve fechamento de postos de trabalho no setor privado dos EUA em janeiro pela primeira vez em um ano, levantando a forte possibilidade de que a economia em geral perdeu empregos no mês passado.
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De acordo com uma pesquisa do Censo norte-americano, publicada em meados de janeiro, 8,8 milhões de pessoas relataram não estar trabalhando por motivos relacionados ao coronavírus entre 29 de dezembro e 10 de janeiro.
O governo dos EUA divulgará amanhã (4) seu relatório mais abrangente de emprego. Estima-se que tenham sido criadas 150 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado, ante 199 mil em dezembro. Aproximadamente 400 mil vagas foram extintas, enquanto 385 mil foram abertas. A projeção para a taxa de desemprego é de que tenha permanecido em 3,9%, ressaltando o aperto nas condições do mercado de trabalho.
No final de dezembro, havia 10,9 milhões de vagas abertas. Os pedidos de auxílio-desemprego despencaram em relação ao recorde de abril de 2020, quando 6,149 milhões de pessoas entraram com o recurso.
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A expectativa é que as convulsões no mercado de trabalho tenham acabado e que o crescimento do emprego provavelmente aumentará. Os Estados Unidos estão reportando uma média de 433.601 novas infecções diárias por Covid-19, bem abaixo das mais de 700 mil registradas em meados de janeiro, segundo dados oficiais.
A força subjacente no mercado de trabalho foi enfatizada por um relatório separado da empresa global de recolocação Challenger, Gray & Christmas, também divulgado hoje (3), que mostrou que o número de empregos cortados se estabilizaram em 19.064 no mês de janeiro, de acordo com anúncios de empregadores norte-americanos. As demissões caíram 76% em relação a janeiro de 2021.