As bolsas de Nova York abriram hoje (4) no azul impulsionadas por dados positivos do mercado de trabalho nos EUA e pelas altas das empresas de tecnologia, que sofreram no pregão de ontem (3) depois que a Meta divulgou resultados decepcionantes.
A criação de vagas de trabalho nos EUA ficou acima do esperado em janeiro, mesmo com os surtos de infecções por Covid-19 interrompendo a atividade em empresas de contato direto com o consumidor.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
Segundo o payroll, relatório do Departamento do Trabalho que apresenta a folha de pagamentos não-agrícola dos Estados Unidos, foram criadas 467 mil vagas no mês passado. Os dados de dezembro foram revisados para cima, para mostrarem abertura de 510 mil vagas, em vez das 199 mil relatadas anteriormente. A taxa de desemprego foi de 4,0%.
“O mercado de trabalho está aquecido e mais do que o esperado. Isso põe pressão no Federal Reserve [banco central dos EUA] a deixar o pé no acelerador no aumento de juros, dado que seu mandato é desemprego e inflação controlada”, avalia Andrey Nousi, CFA e fundador da Nousi Finance.
Após um pregão de fortes quedas nas ações de tecnologia, diversos papéis avançaram no pós-mercado, puxados principalmente pelo bom desempenho dos balanços financeiros de empresas como a Amazon.
A gigante do e-commerce reportou lucro líquido de US$ 14,3 bilhões e praticamente dobrou o valor registrado no mesmo período de 2020, no qual acumulou US$ 7,2 bilhões. Assim, os papéis subiram quase 20% após o fechamento do mercado.
A Snap, dona do Snapchat, registrou lucro pela primeira vez desde a sua entrada na Bolsa, no valor de US$ 23 milhões. A receita da companhia subiu 42% e totalizou US$ 1,3 bilhão. Os papéis decolaram aproximadamente 50%.
Por volta das 12h, o Dow Jones subia 0,02%, a 35.116 pontos. O S&P 500 registrava alta de 0,18%, a 4.485 pontos. O índice Nasdaq ganhava 0,84%, a 13.996 pontos.
O dólar subia 0,49% por volta das 12h, cotado a R$ 5,3217. Apesar da alta, a moeda caminhava para registrar sua quarta semana consecutiva de perdas contra o real, após a sua recente desvalorização no exterior. (Com Reuters)