O banco central da Argentina elevou a taxa de juros básica do país em 2 pontos percentuais ontem, para 44,5%, terceiro aumento este ano, com os bancos atentos à disparada da inflação e ao choque de oferta global.
O banco central disse que buscará colocar a taxa referencial na trajetória de “retornos reais positivos sobre investimentos em moeda local e preservar a estabilidade monetária e cambial”, indicando mais altas com a inflação acima de 52%.
A Argentina, importante produtor de grãos, fechou recentemente um acordo de R$ 221 bilhões com o Fundo Monetário Internacional com metas econômicas atreladas, incluindo mudança para taxa de juros real positiva.
O acordo, determinante para estabilizar a economia do país e eventualmente reabrir o acesso aos mercados financeiros globais, precisa ser aprovado pela diretoria do Fundo quando ela se reunir na sexta (25).
O banco central disse que o cenário global de aumento dos preços dos grãos e energia está impactando a inflação doméstica.
“A economia mundial está enfrentando um choque de oferta que se traduz em aumentos extraordinários dos preços de todas as commodities e outros importantes produtos da cadeia de produção”, disse a autoridade monetária.