A elétrica mineira Cemig divulgou ontem um aumento de 31% do seu lucro líquido em 2021, a 3,75 bilhões de reais, um valor nominal recorde.
Segundo a companhia, o salto no lucro decorre de impactos positivos do acordo de repactuação do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês) e da alienação de ativos mantidos para venda (participação na Light), além do aumento da eficiência operacional.
Já o Ebitda ajustado da estatal atingiu 8 bilhões de reais no ano passado, 40,5% superior ao de 2020, também impulsionado pelo acordo no GSF, com contabilização de R$ 1,03 bilhão.
A receita da Cemig com fornecimento bruto de energia elétrica somou R$ 29,62 bilhões em 2021, um crescimento de 12,06% no comparativo anual. Já a quantidade de energia vendida cresceu 1,46%, com destaque para o aumento de 28,51% registrado nas vendas ao segmento industrial.
Já nos últimos três meses de 2021, o Ebitda ajustado atingiu R$ 1,49 bilhão, uma alta de 30,40% ante igual período de 2020, enquanto o lucro líquido ficou em R$ 963 milhões, queda de 24,3%.
A companhia explicou que a retração na última linha do balanço decorre, entre outros fatores, de um impacto negativo de R$ 204 milhões referente a uma decisão arbitral desfavorável à Santo Antônio Energia –na qual a Cemig tem participação–, além efeitos relacionados à dívida de eurobonds e instrumento de hedge.