O Ibovespa operava em alta de 0,40% no pregão de hoje (11), a 114.123 pontos, às 10h26, horário de Brasília. O otimismo é sustentado por sinais de que as negociações entre Rússia e Ucrânia estão avançando, apesar de, no cenário doméstico, dados de inflação preocuparem.
O presidente russo Vladimir Putin afirmou hoje, em reunião com o líder bielorrusso Alexander Lukashenko, que “há certas mudanças positivas [no diálogo com a Ucrânia], dizem-me os negociadores do nosso lado”, acrescentando que as conversas continuam “praticamente todos os dias”.
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Os líderes da União Europeia reforçaram o pedido de retirada total das forças russas da Ucrânia e prometeram mais € 500 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões) em assistência militar para o país.
No cenário nacional, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou para 1,01% em fevereiro, após alta de 0,54% em janeiro. Esse é o maior resultado para o mês desde 2015, quando a inflação subiu 1,22%. A estimativa para de analistas consultados pela Refinitiv era de avanço de 0,95%.
“Em fevereiro, são incorporados no IPCA os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Portanto, esse foi o item que teve o maior impacto no mês, com peso de 0,31 ponto-percentual”, afirmou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.
Os preços do petróleo continuam a subir, impulsionados pela interrupção nas negociações sobre o levantamento das sanções ao Irã. A fim de reduzir os preços do combustível ao consumidor brasileiro, a Câmara dos Deputados aprovou nesta madrugada a proposta que altera as normas de cobrança do ICMS. Agora, a medida irá à sanção do presidente Jair Bolsonaro.
O dólar opera em queda de 0,26%, sendo negociado a R$ 5,0030 na venda, a caminho de sua segunda queda semanal consecutiva.
Na Europa, os principais índices operam em alta. Ontem (10), o BCE (Banco Central Europeu) decidiu manter as taxas de juros, mas acelerar a redução de compras de ativos. A decisão indicou que, apesar das pressões vindas da guerra na Ucrânia, a autoridade monetária mantém o seu foco na luta contra a inflação.
“Você pode analisar a inflação da maneira que quiser e olhar para qualquer medida do núcleo: ela está acima da meta e subindo. Temos uma meta de [inflação de] 2% e estamos falhando”, disse uma autoridade do BCE à Reuters.
Por volta das 10h26, o Stoxx 600 ganhava 1,94%; na Alemanha, o DAX subia 3,08%; na França, o CAC 40 operava em alta de 2,10%; na Itália, o FTSE MIB ganhava 2,29%; enquanto, no Reino Unido, o FTSE 100 avançava 1,40%.
Na Ásia, o mercado acionário de Hong Kong fechou no nível mais baixo em mais de cinco anos. As gigantes de tecnologia lideraram as perdas da sessão, após a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) identificar empresas chinesas que serão excluídas da lista se não fornecerem acesso a documentos de auditoria.
O movimento de queda, porém, foi limitado por renovadas esperanças em torno de consultas entre China e Estados Unidos sobre cooperação regulatória e de fiscalização.
O mercado acionário japonês também fechou em baixa. O banco central do país é um dos únicos que deve manter a política monetária expansionista para apoiar a recuperação econômica, mesmo com o aumento dos custos de energia pressionando a inflação.
O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,61%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,15%; no Japão, o índice Nikkei perdeu 2,05%; enquanto o Shangai, na China continental, avançou 0,41%. (Com Reuters)