A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de grãos e oleaginosas do Brasil, divulgou em relatório na noite de ontem (16) que seu lucro em 2021 superou R$ 1 bilhão pela primeira vez, em meio à produtividade histórica na soja e alta nos preços.
O resultado atingiu R$ 1,131 bilhão, com crescimento 153,3% em relação a 2020. A margem líquida também foi recorde, 25,9%, com aumento de 13,2 pontos.
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A dívida líquida ajustada da SLC encerrou o ano de 2021 em R$ 2,4 bilhões, apresentando um aumento R$ 1,7 bilhão em relação ao fechamento de 2020, com impacto principalmente do aumento na necessidade de capital de giro oriunda do volume de pagamentos dos insumos agrícolas da safra 2021/22 e a liquidação total do endividamento da Terra Santa Agro.
FERTILIZANTES
A companhia também divulgou que já fechou 83% da sua necessidade de cloreto de potássio para a safra 2022/23, a ser plantada a partir de setembro, em um cenário de oferta global mais escassa de fertilizantes diante da guerra na Ucrânia.
Além disso, a SLC já comprou 49% dos fertilizantes fosfatados, além de 59% dos defensivos que precisará para nova safra.
A empresa, que tem fazendas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Bahia e Goiás, declarou ainda que não realizou compras de fertilizantes nitrogenados, que podem ser negociados “até o final do segundo semestre de 2022”.
“A relação de troca entre preço de commodities e fertilizantes está sendo acompanhada e o restante dos insumos será negociado no melhor momento”, disse a SLC, em momento de altas de produtos agrícolas.
Já os insumos sofrem pressão de custos pela alta do petróleo e questões de oferta, uma vez que a Rússia é grande fornecedora e normalmente a principal exportadora de fertilizantes ao Brasil.
“A política de hedge é bem estruturada e visa garantir um bom nível de margem para a companhia. Dado a fixação de parte dos insumos, avançamos no hedge para a safra 2022/23, atingindo bons preços tanto para as commodities, quanto para o câmbio”, afirmou.
Dessa forma, ressaltou a SLC, “a nossa expectativa é que o aumento de custos será compensado pelo aumento na receita através de preços mais altos, mantendo margens em patamares similares aos últimos anos”.