O Reino Unido anunciou hoje (10) que congelou os ativos do proprietário do clube de futebol Chelsea, Roman Abramovich, e de Igor Sechin, presidente-executivo do grupo petrolífero russo Rosneft, além de outros cinco oligarcas russos.
Os sete nomes foram adicionados à lista de sanções por causa de suas conexões com o presidente russo, Vladimir Putin, e têm um patrimônio líquido total de 15 bilhões de libras (cerca de R$ 99 bilhões).
“Não pode haver refúgios seguros para aqueles que apoiaram o violento ataque de Putin à Ucrânia”, disse o primeiro-ministro britânico Boris Johnson. “As sanções de hoje são a ação mais recente no apoio inabalável do Reino Unido ao povo ucraniano. Seremos implacáveis na perseguição daqueles que permitem a morte de civis, a destruição de hospitais e a ocupação ilegal de aliados soberanos.”
Houve crescentes pedidos de legisladores britânicos para que fossem tomadas medidas contra Abramovich e outros oligarcas russos, com críticas de que o governo de Johnson não está sendo rápido o suficiente em comparação com a União Europeia e os Estados Unidos.
Os outros adicionados à lista foram Oleg Deripaska, que tem participações no Grupo En+, Dmitri Lebedev, presidente do Banco Rossiya, Alexei Miller, executivo-chefe da empresa de energia Gazprom, e Nikolai Tokarev, presidente da estatal russa de gasodutos Transneft.
Em post no Twitter, a secretária de cultura, Nadine Dorries, disse que as sanções “obviamente têm um impacto direto no Chlesea e seus fãs” e que o governo tem trabalhado para evitar que o futebol não seja “desnecessariamente” prejudicado. “Para garantir que o clube possa continuar a competir e funcionar, vamos emitir uma licença especial que permitirá que os jogos sejam cumpridos, os funcionários sejam pagos e os titulares de ingressos possam assistir aos jogos enquanto, crucialmente, priva Abramovich de se beneficiar de sua propriedade do clube”. Ela disse que o governo está comprometido em proteger os clubes de futebol. “Os clubes de futebol são bens culturais e a base de nossas comunidades”.
(com Reuters)
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