O Ibovespa opera em alta de 1,46% na abertura do pregão de hoje (27), a 109.788 pontos, às 10h20, horário de Brasília, impulsionado pela prévia da inflação, que veio abaixo do esperado pelo mercado.
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) subiu 1,73% em abril, seguindo alta de 0,95% no mês anterior, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Economistas estimavam alta de aproximadamente 1,85% no mês.
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“Com [os dados] vindo um pouco melhores, começamos a ter um respiro de que estamos perto do fim do ciclo de alta de juros”, comenta Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed, acrescentando que isso pode incentivar o Banco Central a realizar apenas um aumento de 1 ponto-percentual na taxa básica de juros nos próximos meses.
Ainda assim, o avanço de abril foi o maior em quase 30 anos, impulsionado pela alta dos preços do petróleo no mercado internacional.
O dólar opera em alta de 0,34%, sendo negociado a R$ 5,0071 na venda, estendendo o rali visto nos últimos três pregões.
Na Ásia, o mercado acionário chinês fechou em alta, apoiado pela expectativa de que o país irá priorizar o crescimento econômico e aperfeiçoar suas políticas contra a Covid-19.
Além disso, dados mostraram que os lucros das empresas industriais da China cresceram em ritmo mais rápido em março na comparação com um ano antes, acentuando o otimismo dos investidores durante a sessão.
Ontem (26), o índice local da China havia recuado para uma mínima de dois anos.
O Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,06%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em baixa de 0,94%. Já no Japão, o índice Nikkei cedeu 1,17%, enquanto o Shangai, na China continental, ganhou 2,49%.
Na Europa, os principais índices operam em alta, apesar do anúncio de que a Rússia interrompeu seu fornecimento de gás para a Polônia e Bulgária.
“O anúncio da Gazprom de que está interrompendo unilateralmente a entrega de gás a clientes na Europa é mais uma tentativa da Rússia de usar o gás como instrumento de chantagem”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Autoridades europeias, porém, reforçaram que esse era um cenário para o qual já estavam preparados, e que já asseguraram reservas suficientes para durar pelas próximas semanas.
Por volta das 10h20, o Stoxx 600 ganhava 0,58%; na Alemanha, o DAX subia 0,15%; na França, o CAC 40 operava em alta de 0,35%; na Itália, o FTSE MIB ganhava 0,11%; enquanto, no Reino Unido, o FTSE 100 avançava 0,59%.
No cenário das commodities, o petróleo Brent é negociado em queda de 0,90%, a US$ 103 o barril, enquanto o minério de ferro encerrou uma sessão de alta em Dalian, impulsionado pela diminuição das preocupações sobre o surto de Covid-19 na China. (Com Reuters)