Bolsas em queda, a guerra na Ucrânia e a pandemia de Covid-19 fizeram a fortuna conjunta dos bilionários encolher US$ 400 bilhões em relação ao ano passado, de acordo com o ranking de 2022 da Forbes. Mas nem todos tiveram um ano difícil.
Basta perguntar a Elon Musk, cujo patrimônio cresceu US$ 68 bilhões desde a lista de 2021. A fortuna do fundador da Tesla chegou a US$ 219 bilhões e lhe garantiu o título de pessoa mais rica do mundo – esta é a primeira vez que Musk aparece no topo do ranking anual da Forbes.
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O patrimônio de Musk aumentou mesmo depois de ele vender US$ 16 bilhões em ações da Tesla no final de 2021 e pagar os impostos sobre seus ganhos de capital. Sua fortuna é a que mais cresceu este ano em termos absolutos.
A popularidade das criptomoedas foi um dos fatores por trás da ascensão do bilionário Changpeng Zhao, que ficou em segundo lugar na lista dos que mais ganharam. Conhecido como CZ, ele co-fundou a exchange de criptomoedas Binance, que vale cerca de US$ 65 bilhões – sua fortuna ficou US$ 63,1 bilhões maior do que no ano anterior.
O salto se deve, em parte, ao fato de que a Forbes obteve novas informações sobre a participação da CZ na Binance: ele é dono de pelo menos 70% da corretora, embora a empresa não comente.
O grupo dos bilionários que ficaram ainda mais ricos inclui ainda o indiano Gautam Adani, o empresário mexicano das telecomunicações Carlos Slim Helu e os cofundadores do Google.
A Forbes calculou as fortunas para a lista de bilionários de 2022 usando preços de ações e taxas de câmbio de 11 de março de 2022. Os patrimônios líquidos podem mudar drasticamente em dias ou até horas.
Elon Musk
Patrimônio líquido: US$ 219 bilhões
Ganho desde abril de 2021: US$ 68 bilhões
Fonte da fortuna: Tesla e SpaceX
País: EUA
A riqueza do empresário de foguetes e carros elétricos cresceu US$ 68 bilhões no ano passado. A movimentação segue um ganho de US$ 126 bilhões entre as listas de bilionários de 2020 e 2021. No início de 2022, a fortuna de Musk ultrapassou brevemente US$ 300 bilhões, mas caiu para US$ 219 bilhões pouco tempo depois – o suficiente para torná-lo a pessoa mais rica do mundo.
Changpeng Zhao
Patrimônio líquido: US$ 65 bilhões
Ganho desde abril de 2021: US$ 63,1 bilhões
Fonte de riqueza: exchange de criptomoedas
País: Canadá
Conhecido como CZ, Changpeng Zhao é o CEO da maior exchange de criptomoedas do mundo, a Binance, da qual é dono de cerca de 70%. O patrimônio líquido de Zhao saltou no ano passado devido a novas informações sobre sua participação na corretora e ao sucesso da empresa na Bolsa de Valores.
Zhao anunciou em janeiro que a Binance planeja gastar US$ 200 milhões para comprar uma participação minoritária na Forbes por meio de uma transação Spac.
Gautama Adani
Patrimônio líquido: US$ 90 bilhões
Ganho desde abril de 2021: US$ 39,5 bilhões
Fonte da fortuna: Infraestrutura
País: Índia
Gautama conta com participação em seis empresas listadas na Bolsa de Valores, que superaram o desempenho do índice de referência da Índia em 2021, o patrimônio líquido de Adani aumentou mais de US$ 39 bilhões, tornando-o a 11ª pessoa mais rica do mundo e a segunda pessoa mais rica da Ásia, logo atrás de Mukesh Ambani.
Presidente do Adani Group, o bilionário possui empresas que atuam nos setores de geração de energia, carvão e imóveis. A companhia é o maior operador portuário privado da Índia,
e detém uma participação de 74% do Aeroporto Internacional de Mumbai.
Rodolphe Saadé e família
Patrimônio líquido: US$ 41,4 bilhões
Ganho desde abril de 2021: US$ 30,5 bilhões
Fonte da fortuna: Transporte
País: França
A fortuna de Saadé aumentou graças à maior demanda pelos serviços da empresa de logística CMA CGM, companhia privada na qual ele e sua família têm uma participação de 73%. O aumento do valor da empresa torna a Saadé a terceira pessoa mais rica da França.
Michael Bloomberg
Patrimônio líquido: US$ 82 bilhões
Ganho desde abril de 2021: US$ 23 bilhões
Fonte da fortuna: Bloomberg
País: EUA
O patrimônio líquido do ex-prefeito de Nova York aumentou quase 40% desde o ano passado graças ao crescimento das receitas de sua empresa de mídia e informações financeiras, a Bloomberg LP. Ele é dono de 88% do negócio.
Steve Ballmer
Patrimônio líquido: US$ 91,4 bilhões
Ganho desde abril de 2021: US$ 22,7 bilhões
Fonte da fortuna: Microsoft
País: EUA
O ex-CEO da Microsoft e atual dono do Los Angeles Clippers, viu sua riqueza aumentar em um terço no ano passado, grande parte graças à alta de 32% no valor das ações da Microsoft. O do time de basquete também aumentou 17%, para US$ 3,3 bilhões.
Warren Buffett
Patrimônio líquido: US$ 118 bilhões
Ganho desde abril de 2021: US$ 22 bilhões
Fonte da fortuna: Berkshire Hathaway
País: EUA
Mesmo depois de doar cerca de US$ 4 bilhões para a Fundação Bill & Melinda Gates e a quatro outras fundações em meados de 2021, a fortuna de Buffett aumentou quase 23% no ano passado. Seu conglomerado Berkshire Hathaway atingiu uma avaliação de mercado de US$ 700 bilhões em janeiro e esse valor continua subindo.
Larry Page
Patrimônio líquido: US$ 111 bilhões
Ganho desde abril de 2021: US$ 19,5 bilhões
Fonte da fortuna: Google
País: EUA
O cofundador do Google é a sexta pessoa mais rica do mundo. Em 2021, Page vendeu ações da Alphabet pela primeira vez desde 2017. Os papéis subiram mais de 26% em 2021.
Carlos Slim Helu
Patrimônio líquido: US$ 81,2 bilhões
Ganho desde abril de 2021: US$ 18,4 bilhões
Fonte da fortuna: telecomunicações
País: México
Carlos Slim Helu é a pessoa mais rica do México e, depois de cair e subir posições no ranking nos últimos anos, agora ocupa o 13o lugar na lista de bilionários da Forbes.
O bilionário ficou US$ 18,4 bilhões mais rico desde o ano passado graças a um aumento de 42% no valor das ações de sua empresa de telecomunicações, a América Móvil. Slim vendeu uma participação de 10% no The New York Times no final de 2020, quando as ações estavam sendo negociadas a mais de US$ 40 cada. Ele adquiriu os papéis em 2015 por cerca de US$ 6 cada.
Sergey Brin
Patrimônio líquido: US$ 107 bilhões
Ganho desde abril de 2021: US$ 18 bilhões
Fonte da fortuna: Google
País: EUA
O cofundador do Google está financiando o desenvolvimento de aeronaves de zero emissão de carbono. Assim como Page, ele voltou a vender ações da Alphabet em 2021, após uma pausa de três anos. O aumento de US$ 18 bilhões no patrimônio líquido de Brin foi impulsionado pela alta das ações da companhia. Entre 2020 e 2021, sua fortuna aumentou US$ 40 bilhões.