O lucro do Wells Fargo caiu 21% no primeiro trimestre deste ano, mas superou as expectativas de analistas em Wall Street, segundo resultados divulgados hoje (14), à medida que um controle rígido sobre os custos amorteceu a queda nos empréstimos hipotecários.
O Wells Fargo registrou lucro de US$ 3,67 bilhões, ou US$ 0,88 por ação, nos três meses encerrados em 31 de março, em comparação com US$ 4,64 bilhões, ou US$ 1,02 por ação, um ano antes.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
Os analistas, em média, esperavam que o banco reportasse um lucro de US$ 0,80 por ação, segundo dados da Refinitiv.
A média geral de empréstimos do banco cresceu 3% no trimestre, em grande parte ajudada por cartão de crédito e financiamento de veículos.
Os empréstimos hipotecários, no entanto, caíram 33% em relação ao ano anterior, diante de menores originações, já que o Fed (Federal Reserve), o banco central norte-americano, elevou as taxas de juros para domar a inflação crescente.
“Nossos indicadores internos continuam apontando para a força da posição financeira de nossos clientes, mas o Fed deixou claro que tomará as medidas necessárias para reduzir a inflação e isso certamente reduzirá o crescimento econômico”, disse o presidente-executivo do banco, Charlie Scharf.
“Além disso, a guerra na Ucrânia traz um risco adicional do lado negativo”, acrescentou ele.
VEJA TAMBÉM: Os 15 melhores bancos do Brasil em 2022: Nubank lidera pela quarta vez
O Wells Fargo depende fortemente da receita de negócios bancários corporativos e de consumo, pois não possui uma grande divisão de mercado de capitais em comparação com os rivais de Wall Street Goldman Sachs e Morgan Stanley.
A receita total caiu 5%, para US$ 17,59 bilhões, em comparação com estimativas de US$ 17,8 bilhões.
As despesas não decorrentes de juros caíram 1% com redução de pessoal e desinvestimentos, em linha com o plano de Scharf de recuperar o banco e economizar cerca de US$ 10 bilhões anualmente no longo prazo.
A margem financeira líquida aumentou 5% durante o trimestre, ajudada por saldos de empréstimos mais elevados e uma redução na dívida de longo prazo, entre outros.