O Airbnb planeja encerrar todas as suas operações na China até o final de junho, após anos de dificuldades relacionadas à pandemia e ao aumento da concorrência com empresas chinesas, informou a CNBC ontem (23). A decisão foi tomada apesar da recuperação do setor de hospitalidade.
A empresa de aluguel de temporada removerá todos os anúncios de estadias na China, mas manterá um escritório em Pequim com centenas de funcionários, informou a CNBC, citando fontes não identificadas.
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As estadias do Airbnb na China representaram apenas 1% da receita da empresa nos últimos anos, mas a empresa planeja continuar oferecendo estadias em outros países para viajantes chineses, informou a CNBC.
Embora o setor de hospitalidade tenha começado a se recuperar do surto de Covid-19 após o fim das restrições de mobilidade e a diminuição das preocupações sobre o vírus, a CNBC diz que as operações do Airbnb demoraram a se recuperar na China.
O Airbnb não respondeu imediatamente a perguntas da Forbes.
Assim como grande parte do setor de hospitalidade, o Airbnb sofreu com lockdowns e com os temores dos turistas em viajar durante o primeiro ano da pandemia. No entanto, apesar de o número de anúncios ter diminuído, o tempo das estadias aumentou, informou o New York Times no ano passado.
Essa tendência continuou mesmo com o declínio da pandemia, com o número de estadias de longo prazo no Airbnb atingindo um recorde histórico durante o primeiro trimestre de 2022, mais do que dobrando em relação ao primeiro trimestre de 2019. As reservas internacionais já voltaram aos níveis pré-pandemia, segundo a empresa.
Embora alguns locadores que usam a plataforma do Airbnb tenham perdido receita durante a pandemia, muitos descobriram que o valor de suas casas aumentou. Os preços médios de venda de imóveis aumentaram 37% nos últimos dois anos, para US$ 428,7 mil (R$ 2 milhões), de acordo com o órgão oficial de estatísticas dos Estados Unidos.