PEQUIM (Reuters) – O banco central da China disse nesta segunda-feira que vai intensificar o apoio à economia em desaceleração, ao mesmo tempo em que observa de perto a inflação doméstica e monitora os ajustes de política monetária em economias desenvolvidas.
O Banco do Povo da China vai manter a liquidez razoavelmente ampla, dará prioridade à estabilidade e tomará medidas para aumentar a confiança, disse o banco em seu relatório de implementação da política monetária no primeiro trimestre.
“Recentemente, a Covid-19 e a crise da Ucrânia levaram a riscos e desafios maiores, e a complexidade, severidade e incerteza do ambiente de desenvolvimento econômico da China aumentaram”, disse o banco central.
Mas a China ainda tem condições favoráveis para desenvolver sua economia a longo prazo graças a seu grande potencial de mercado e ampla margem de manobra, disse.
A China manterá suas operações econômicas dentro de limites razoáveis, disse o banco central, acrescentando que não recorrerá a um excesso de estímulos.
O banco central dará suporte à demanda habitacional, disse, reiterando que não usará o setor imobiliário como estímulo de curto prazo para a economia.
A economia foi afetada pelos esforços para conter a disseminação de casos de Covid-19, que levaram a lockdowns totais ou parciais em dezenas de cidades chinesas, lideradas por Xangai.
O banco central cortou no mês passado a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas e são esperadas medidas de flexibilização mais modestas.
(Reportagem de Kevin Yao e redação de Pequim)