A confiança da indústria no Brasil avançou ao maior patamar em cinco meses em maio diante de melhora tanto na percepção sobre o momento atual quanto nas expectativas para os próximos meses, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) hoje (27).
Os dados mostraram que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 2,3 pontos na comparação com o mês passado, para 99,7, máxima desde dezembro de 2021 (100,1 pontos).
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“Houve aumento da satisfação em relação à situação corrente dos negócios, com avaliações bastante favoráveis quanto ao nível atual da demanda externa”, explicou o economista do FGV IBRE Aloisio Campelo Jr. em nota.
“O Índice de Expectativas cresceu de forma disseminada entre os setores, mas a magnitude da alta foi influenciada pela recuperação expressiva do otimismo entre os produtores de (bens) não duráveis.”
O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, subiu 1,6 ponto em maio, para 100,4 pontos, segundo a FGV. Já o Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, ganhou 3,0 pontos, a 99,0. Ambos retornam ao maior nível desde dezembro de 2021.
De acordo com Campelo, a única categoria de uso que registrou aumento do pessimismo em maio foi a de bens duráveis, o que está diretamente relacionado ao aumento gradual dos juros.
Dados divulgados no início deste mês pelo IBGE mostraram que produção industrial do Brasil avançou 0,3% em março, segunda alta seguida, mas terminou o primeiro trimestre com perda de força, dando novos sinais de dificuldades de retomada em meio ao aperto das condições financeiras e monetárias, além do aumento de custos.