Por Tom Sims e Frank Siebelt
FRANCOFORTE (Reuters) – O Deutsche Bank inicia uma nova gestão nesta quinta-feira, com a saída do presidente Paul Achleitner, após uma década difícil durante a qual o maior banco da Alemanha perdeu bilhões e viu o preço de suas ações despencar.
Se tudo correr como planejado na reunião geral, Alexander Wynaendts, um ex-executivo holandês de seguros, será eleito para suceder Achleitner.
Wynaendts, que terá mandato de quatro anos, é ex-chefe da seguradora Aegon, que também tinha funcionários em todo o mundo e grande presença nos Estados Unidos durante uma década turbulenta, experiência que deve lhe servir bem no Deutsche.
Sob o comando de Achleitner, o Deutsche viu várias mudanças na alta administração, entrou e saiu de negociações de fusão com o rival Commerzbank e também pagou grandes multas por má conduta que os reguladores temiam que pudesse derrubar o banco.
“Estou deixando o Deutsche Bank com a profunda convicção de que todos nós estabelecemos o caminho para um futuro de sucesso”, disse Achleitner aos acionistas. Mais recentemente, o banco entrou em águas mais calmas após uma reforma que reduziu o banco de investimento e cortou custos dispensando milhares de empregados. O banco teve sete trimestres seguidos de lucro, maior sequência positiva desde 2012. Apresentando-se aos acionistas, Wynaendts disse que o banco passou por “tempos turbulentos, mas deu a volta por cima” e “manterá um forte foco em custos e controles”.