SÃO PAULO (Reuters) – O dólar disparou acima de 5,07 reais nesta segunda-feira, acompanhando o salto dos rendimentos da dívida norte-americana para os maiores patamares em vários anos no exterior antes da reunião de política monetária desta semana do Federal Reserve.
O banco central dos Estados Unidos deve elevar os juros básicos em 0,5 ponto percentual ao fim de seu encontro de dois dias, na quarta-feira, o que representaria endurecimento de sua postura no combate à inflação.
Essa perspectiva impulsionava as taxas dos títulos soberanos dos EUA, com o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para investimentos– chegando a superar 3% pela primeira vez desde dezembro de 2018. Isso, por sua vez, alimentava a alta do índice do dólar contra uma cesta de moedas para perto de um pico em 20 anos atingido na semana passada.
Às 14:42 (de Brasília), o dólar à vista avançava 2,51%, a 5,0676 reais na venda, depois de chegar a saltar 2,64%, a 5,0741 reais. A última vez que o dólar fechou acima desse patamar foi em 16 de março passado, quando encerrou o pregão cotado a 5,0917 reais.
Na B3, às 14:42 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,88%, a 5,1120 reais.
Além do real –que liderava as perdas globais no dia– outras moedas de países emergentes tinham quedas acentuadas, como rand sul-africano, de mais de 2%, e pesos chileno e colombiano, de 1% cada.
No Brasil, investidores também aguardam a reunião de política monetária do Banco Central, que acaba na quarta-feira, com expectativa de aumento de 1 ponto percentual na Selic, a 12,75%.
(Por Luana Maria Benedito)