O Federal Reserve, banco central norte-americano, elevou hoje (4) a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,5 ponto percentual, para o intervalo entre 0,75% e 1%, em linha com as expectativas do mercado.
Esta foi a segunda elevação dos juros promovida pela autoridade monetária desde 2018. Em fevereiro, foi anunciado um aumento de 0,25 ponto-percentual, para o intervalo entre 0,25% e 0,50%.
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O reajuste da taxa de juros faz parte das tentativas do Fed de combater a inflação elevada, que foi exacerbada pela guerra na Ucrânia e pelos desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia.
Na semana passada, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) registrou alta anual de 6,6% em março, o maior valor desde 1978. Esse é o indicador de inflação mais acompanhado pelo Federal Reserve.
“O comunicado não trouxe surpresa. A instituição mencionou que segue em busca da conversão inflacionária para 2% no longo prazo e que seguirá em busca do máximo nível de emprego”, diz Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital. “Isso reforça o duplo mandato da instituição, sem priorizar uma das duas frentes, e faz com que o mercado entenda o comunicado de hoje como mais ‘dovish'”
Em seu anúncio, o Fed também informou que deverá reduzir o seu balanço patrimonial em US$ 47,5 bilhões por mês em junho, julho e agosto, e que essa redução deverá avançar para até US$ 95 bilhões por mês em setembro.
Às 18h30, será a vez do Copom (Comitê de Política Monetária) anunciar sua decisão sobre a taxa básica de juros no Brasil.