O Barclays disse hoje (25) que fundos mútuos globais podem vender mais US$ 350 bilhões em ações neste ano, a menos que os temores de recessão diminuam, dado o cenário macroeconômico incerto e o aperto da política monetária.
Segundo o Barclays, as saídas de ações atingiram uma média de 2,6% dos ativos sob gestão de fundos mútuos em períodos anteriores de grande liquidação, como na crise financeira de 2008. Neste ano, o percentual é de 0,3%, o que sugere que outros US$ 350 bilhões em vendas de ações estão para acontecer em 2022, a menos que os temores de recessão arrefeçam.
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Os fundos mútuos vêm sendo vendedores líquidos de ações neste mês pela primeira vez desde agosto de 2020, embora as saídas de ações sejam pequenas em comparação com a entrada recorde de US$ 1,3 trilhão desde 2020, disse o Barclays.
As tendências macroeconômicas e de revisão de lucro por ação “tornaram-se negativas, o que sugere que a direção está inclinada para mais saídas (do segmento ações), embora a magnitude não seja clara neste estágio”, acrescentou o banco.
O Barclays acredita que é improvável que a perspectiva de consumo melhore se o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, tornar-se mais agressivo na política monetária, embora os fundamentos de renda e negócios pareçam favoráveis por enquanto.
O Barclays continua a ver os EUA mais vulneráveis a uma maior vendas de ações do que a União Europeia, já que as ações estão com avaliações (valuations) considerados mais altos.