O principal índice da Bolsa brasileira iniciou o pregão de hoje (25) em queda de 0,61%, aos 109.907 pontos, às 10h15, horário de Brasília. Investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), nos Estados Unidos, que deve trazer pontos importantes do Federal Reserve (Fed) frente à inflação.
Por lá, os índices futuros operam em campo negativo, com Dow Jones e S&P 500 em queda de 0,31% e Nasdaq com perdas de 0,42%. O dólar comercial avança 0,51%, a R$ 4,83.
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“Jerome Powell, presidente do Fed, está gradualmente mudando sua posição frente ao cenário inflacionário. Todas as atenções estão sobre a mensagem da ata e o tom do debate que será apresentado, trazendo possivelmente um dia volátil para os mercados, principalmente se a ata vier com um tom mais restritivo de juros”, analisa Dennis Esteves, especialista em renda variável da Blue3.
Ainda nos Estados Unidos, as novas encomendas de bens de capital fabricados no país subiram menos do que o esperado em abril, indicando alguma moderação nos gastos das empresas com equipamentos no início do segundo trimestre.
Na Ásia, as ações da China se recuperaram no final do pregão da pior sessão em quase três semanas graças às medidas de apoio econômico de Pequim, embora os ganhos tenham sido limitados pelas preocupações com a desaceleração do crescimento da economia.
Em meio aos surtos de Covid-19 e às medidas de contenção do vírus, os bancos de investimento globais reduziram suas perspectivas de crescimento da economia chinesa em 2022 para até 3%, marcando uma enorme discrepância em relação à meta do governo de cerca de 5,5%.
Xangai avançou 1,19%; o Shenzhen teve ganhos de 1,17%; Hang Seng fechou em alta de 0,29%; Kospi avançou 0,44%, Taiex subiu 0,88%. Em Tóquio, no entanto, o Nikkei perdeu 0,26%.
Na Europa, as Bolsas operam em alta nesta manhã, após a economia da Alemanha divulgar que cresceu ligeiramente no primeiro trimestre em relação período anterior, com investimentos maiores compensados pelos impactos da guerra na Ucrânia e da Covid-19 que segundo especialistas devem pesar mais nos três meses até junho.
A maior economia da Europa cresceu 0,2% na comparação trimestral e 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, disse a Agência Federal de Estatística. Pesquisa da Reuters projetava avanços de 0,2% e 3,7%, respectivamente.
Aqui no cenário doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou ontem (24) os dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15). O indicador desacelerou a 0,59% em maio.
Apesar disso, ele surpreendeu com alta acima do esperado e registrou o resultado mais intenso para o mês em seis anos, com a taxa acumulada em 12 meses bem acima de 12% e no maior nível em 18 anos e meio.
Ainda na véspera, a Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou a segunda mudança na liderança em dois meses. José Mauro Ferreira Coelho é o terceiro CEO demitido, o que aumenta a preocupação de analistas. Caio Mario Paes de Andrade, um alto funcionário do Ministério da Economia, foi indicado como substituto. (Com Reuters)
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