O Ibovespa opera em queda de 0,98% na abertura do pregão de hoje (5), a 107.284 pontos, às 10h11, horário de Brasília. Após uma guinada nos mercados ontem, em decorrência das decisões sobre juros nos Estados Unidos e Brasil, o índice segue o ritmo de correção visto no pré-mercado de Nova York.
Ontem, o Federal Reserve, banco central norte-americano, elevou a taxa de juros do país em 0,5 ponto percentual, para o intervalo entre 0,75% e 1% ao ano. Depois da decisão, Jerome Powell, presidente do Fed, declarou que o ritmo de ajustes deve continuar, mas que é improvável que a autoridade monetária aposte em uma alta de 0,75 ponto percentual.
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Já no Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou um ajuste de 1 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 12,75% ao ano, o seu maior nível desde o início de 2017. O comitê acrescentou que deve promover um ajuste de menor magnitude na próxima reunião, em junho, mas sem especificar se esse seria o último aumento da taxa.
O dólar opera em alta de 1,55%, sendo negociado a R$ 4,9759 na venda, acompanhando recuperação da moeda norte-americana no exterior, após queda de 1,26% ontem.
Na Ásia, o mercado acionário chinês fechou em alta, liderado pelas ações de consumo, depois que o banco central da China prometeu apoio para garantir liquidez ampla e ajudar as empresas gravemente atingidas pelo último surto da Covid-19 no país.
Porém, o sentimento da sessão foi prejudicado pela notícia de que setores de serviços e indústria da China contraíram em abril em um ritmo acentuado, em meio à escalada dos lockdowns contra a Covid-19. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do Caixin caiu para 36,2 no mês passado, o segundo menor nível desde o início da pesquisa em novembro de 2005.
O Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 0,36%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,06%. Já no Japão, o índice Nikkei recuou 0,11%, enquanto o Shangai, na China continental, subiu 0,68%.
Na Europa, os principais índices operam em alta, acompanhando as elevações das taxas de juros nos Estados Unidos e na Inglaterra. O banco central britânico elevou a taxa de juros a 1%, nível mais alto desde 2009, mesmo com o risco de o Reino Unido cair em recessão.
O foco da sessão, porém, é para o novo pacote de sanções contra a Rússia. A Comissão Europeia propôs, ontem, a eliminação gradual do fornecimento de petróleo russo dentro de seis meses, e de produtos refinados até o final de 2022, pressionando ainda mais a economia russa.
Por volta das 10h11, o Stoxx 600 ganhava 1,01%; na Alemanha, o DAX subia 1,36%; na França, o CAC 40 operava em alta de 1,77%; na Itália, o FTSE MIB ganhava 1,18%; enquanto, no Reino Unido, o FTSE 100 avançava 1,49%.
No cenário das commodities, o petróleo Brent registra alta de 2%, sendo negociado a US$ 112 o barril, após a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) confirmar que manterá seu plano de aumentos modestos na produção de petróleo. (Com Reuters)