O Ibovespa opera em alta de 0,34% na abertura do pregão de hoje (19), a 106.611 pontos, às 10h15, horário de Brasília. O principal índice da Bolsa brasileira ignora o mau humor dos mercados, que são pressionados pela inflação global.
Os índices futuros dos EUA e as Bolsas europeias recuam, enquanto os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em baixa, com exceção da China.
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Ásia
O mercado chinês se recuperou das perdas anteriores, uma vez que investidores estrangeiros apostam que o alívio no lockdown contra o coronavírus poderia ajudar a impulsionar a economia. Oferecendo alguma esperança aos investidores, as autoridades em Xangai anunciaram mais planos para o fim de lockdowns.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,19% no dia, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,36%.
Indo na contramão da China, os demais índices da Ásia caíram. Investidores demonstraram aversão ao risco, que derrubou as bolsas norte-americanas na sessão de ontem.
Em Tóquio, o Nikkei caiu -1,89% e, em Hong Kong, o Hang Seng perdeu -2,54%. Em Seul, o Kospi desvalorizou -1,28% e, em Taiwan, o Taiex caiu -1,70%.
Estados Unidos
Nos EUA, as Bolsas recuaram ontem (18). Dow Jones, inclusive, registrou sua maior queda em um dia desde 2020.
Por lá, os lucros do varejo indicaram que a inflação afetou os lucros das empresas. Balanços trimestrais da Target e do Walmart apontaram que os custos de combustível e demanda restrita do consumidor prejudicaram os resultados em meio à inflação mais alta em décadas.
No começo da semana, o presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Jerome Powell, disse que “continuará insistindo” em apertar a política monetária até ficar claro que a inflação está arrefecendo.
Mais cedo, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou que os pedidos de seguro-desemprego subiram para 218 mil na semana encerrada em 14 de maio, acima das expectativas do mercado, que projetavam 200 mil.
Índices futuros: Dow Jones tem queda de 1,02%, a 31.123 pontos; S&P 500 cai 1,02%, a 3.882 pontos e Nasdaq cai 0,88%, a 11.834 pontos. O dólar comercial tem queda de 0,96%, cotado a R$ 4,93.
Europa
As autoridades do Banco Central Europeu expressaram preocupação generalizada com a propagação da inflação e defenderam a continuação da normalização da política monetária, mostrou hoje (19) a ata da reunião de 14 de abril do banco.
Com a inflação subindo a um nível recorde de 7,4%, o BCE confirmou os planos na reunião para acabar com um esquema de compra de títulos no terceiro trimestre, mas evitou quaisquer outros compromissos, inclusive sobre as taxas de juros, que permanecem negativas.
Além disso, a inflação britânica subiu no mês passado para sua maior taxa anual desde 1982, pressionando o ministro das Finanças, Rishi Sunak, para intensificar a ajuda às famílias que enfrentam uma crise cada vez mais grave de custo de vida.
Brasil
No cenário doméstico, a agenda segue sem grandes destaques, com atenção voltada ainda para a Eletrobras (ELET6; ELET3).
Por sete votos a um, o TCU (Tribunal de Contas da União) deu aval ontem à noite para a privatização da estatal, em análise que tratou da modelagem e de parâmetros para o preço mínimo da oferta de ações, que poderia levantar ao menos cerca de R$ 25 bilhões, segundo avaliação preliminar do governo.
Sobre indicadores econômicos, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) teve desaceleração para 0,39% na segunda prévia de maio, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV).
E a Engie Brasil assinou com a Copel Geração e Transmissão um termo de compromisso com o objetivo de constituir uma parceria, na qual a Engie terá participação de 51%, para a potencial participação no Leilão de Transmissão Aneel 01/2022, previsto para ocorrer em 30 de junho de 2022. (Com Reuters)
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