Depois da recente queda das criptomoedas, o gigante JPMorgan afirmou que o bitcoin (BTC) está fortemente subvalorizado. O banco manteve ontem (25) a avaliação que deu à criptomoeda em fevereiro, quando o ativo estava sendo negociado em torno de US$ 43,4 mil. O preço alvo estipulado agora pelo JPMorgan é de US$ 38 mil, cerca de 28% a mais do que a cotação atual do bitcoin, que oscila próxima aos US$ 29 mil.
Em uma nota enviada a clientes na quarta-feira, o banco também afirmou que está substituindo investimentos em imóveis por ativos digitais ou criptomoedas, que foram descritos como “classe de ativos alternativos preferida” junto com fundos de hedge. O JPMorgan afirmou ainda que há possibilidade haver defasagem na precificação nos setores de private equity, dívidas privadas e imóveis.
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O posicionamento do banco é um aceno de confiança ao bitcoin — que atualmente é negociado a menos da metade de sua alta histórica de US$ 68.721,00 — , e às criptomoedas em geral.
Além do aumento das taxas de juros e das quedas das bolsas dos EUA causadas pelo conflito na Ucrânia, o mercado de criptos enfrenta o colapso de US$ 50 bilhões da stablecoin terraUSD. A capitalização de mercado total das moedas digitais atualmente é de US$ 1,3 trilhão, um declínio dramático em relação aos US$ 3 trilhões registrados em novembro.
“A correção do mercado de criptomoedas no mês passado se parece mais com uma recapitulação em relação a janeiro/fevereiro de 2021 e, daqui para frente, vemos uma vantagem para os mercados de bitcoin e cripto em geral”, observaram os estrategistas do JPMorgan, liderados por Nikolaos Panigirtzoglou, no relatório.
Eles também acreditam que “a trajetória de financiamento de venture capital será crucial para ajudar o mercado de criptomoedas a evitar o longo inverno de 2018/2019”, que se seguiu ao boom das ofertas iniciais de moedas digitais.
Nesta semana, a startup de soluções para produtos baseados em Ethereum Starkware levantou US$ 100 milhões em uma avaliação de US$ 8 bilhões. A Andreessen Horowitz também anunciou uma alocação de US$ 1,5 bilhão para investimentos em criptomoedas que sairão de um fundo de US$ 4,5 bilhões.
“Até agora, há poucas evidências de que o financiamento de venture capital tenha se esgotado após o colapso do terraUSD. Dos US$ 25 bilhões arrecadados no ano, quase US$ 4 bilhões vieram depois da queda da moeda”, observaram os estrategistas do banco. “Nosso melhor palpite é que o financiamento de venture capital continuará e um longo inverno semelhante a 2018/2019 poderá ser evitado.”
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