Por Leika Kihara e Francesco Canepa
KOENIGSWINTER, ALEMANHA (Reuters) – Os líderes financeiros do Grupo dos Sete (G7) prometeram nesta sexta-feira monitorar de perto os mercados devido à volatilidade recente e reafirmaram seu compromisso com as taxas de câmbio, acenando para a preocupação do Japão com as recentes quedas acentuadas do iene.
As economias avançadas do G7 têm um acordo de que os mercados devem determinar as taxas de câmbio, de que o grupo coordenará de perto os movimentos cambiais e de que movimentos excessivos e desordenados das taxas de câmbio prejudicariam o crescimento.
Autoridades japonesas disseram que o acordo dá a Tóquio margem de manobra, ou até mesmo para intervir diretamente no mercado de câmbio para combater os movimentos acentuados do iene.
“Também continuaremos monitorando de perto os mercados devido à volatilidade recente. Reafirmamos nossos compromissos cambiais elaborados em maio de 2017”, disseram os líderes financeiros do G7 em comunicado divulgado após dois dias de reuniões que terminara nesta sexta-feira.
Já comemorado por dar impulso às exportações, o iene fraco surgiu como uma fonte de preocupação para as autoridades japonesas, uma vez que infla os custos já crescentes das importações de combustíveis e matérias-primas.
O ministro das Finanças japonês, Shunichi Suzuki, disse a repórteres na quinta-feira que Tóquio queria que o G7 reafirmasse seu compromisso com a política cambial, conforme o país luta para conter o declínio do iene para mínimas de duas décadas.
A ampla ascensão do dólar também derrubou o euro, aumentando a pressão inflacionária na região que está sentindo a pressão do aumento dos custos de energia causado pela crise na Ucrânia.