Por Enrico Dela Cruz
(Reuters) – Os contratos futuros de minério de ferro e aço na China caíram nesta quarta-feira após um rali de dois dias, com traders cautelosos com os riscos das restrições contra a Covid-19 que obscureceram as perspectivas de crescimento econômico da maior produtora de aço do mundo.
O contrato de minério de ferro mais negociado para setembro na bolsa de commodities de Dalian encerrou as negociações diurnas em queda de 5,3%, a 791 iuanes (117,15 dólares) a tonelada, após atingir seu maior nível desde 6 de maio na terça-feira, a 849 iuanes.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato de junho do ingrediente siderúrgico caiu 3%, para 124,20 dólares a tonelada.
Analistas dizem que a economia em desaceleração da China terá dificuldades para encenar o tipo de recuperação impressionante que alcançou desde os primeiros momentos da pandemia, há dois anos.
Alguns analistas também dizem que ainda não há um fim no horizonte para os desafios da Covid-19 na China, apesar da melhora da situação em Xangai que apoia o relaxamento das restrições.
“A China continua sem uma vacina eficaz contra a Covid, então resta saber exatamente como essas flexibilizações nas restrições serão e o que significarão para a atividade”, disse Rodrigo Catril, estrategista do National Australia Bank.
“Vale a pena notar também que nem tudo são boas notícias, já que novos surtos também estão ocorrendo, como em Tianjin e Guang’an, enquanto outro distrito em Pequim entrou em lockdown depois que um novo foco de infecções foi encontrado”.
O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai caiu 2,9%, enquanto a bobina laminada a quente recuou 2,1%. O aço inoxidável caiu 2,9%.