O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de R$ 3,471 bilhões em fevereiro, informou o Banco Central hoje (2), resultado que superou as projeções de mercado.
Em pesquisa Reuters, a expectativa era de um déficit primário de R$ 8,6 bilhões no mês.
A dívida bruta do país ficou em 79,2% do PIB em fevereiro, contra 79,5% em janeiro. A dívida líquida foi a 57,1%, ante 56,6% no mês anterior.
O resultado em 12 meses alcançou um superávit de R$ 123,427 bilhões, o que corresponde a 1,4% do PIB. O dado engloba as contas de governo central (governo federal, Banco Central e INSS), Estados, municípios e empresas estatais.
O número de fevereiro foi impulsionado pelos dados positivos dos governos regionais, que vêm registrando ganhos de arrecadação com a retomada da atividade e o salto nos preços de combustíveis.
Os entes foram superavitários em R$ 20,172 bilhões no mês. Desse montante, o saldo dos Estados ficou positivo em R$ 15,571 bilhões, enquanto os municípios ficaram no azul em R$ 4,601 bilhões.
As empresas estatais tiveram superávit de R$ 2,480 bilhões no período.
Por outro lado, o governo central ficou no vermelho, com déficit de R$ 19,181 bilhões.
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A nota foi apresentada pela autoridade monetária com aproximadamente um mês de atraso. A divulgação de indicadores pelo BC tem sido comprometida pela mobilização de servidores que pressionam o governo por reajustes salariais. A categoria aprovou a retomada da greve a partir de terça-feira.
Em relação ao gasto com juros nominais, o total do mês ficou em R$ 26,016 bilhões. No ano, o dado atingiu R$ 422,536 bilhões, equivalente a 4,78% do PIB.