SÃO PAULO (Reuters) – Metalúrgicos de fábrica da Caoa Chery em Jacareí (SP) recusaram nesta terça-feira uma oferta de indenização aos funcionários que serão demitidos da unidade, devido aos planos da empresa de fechá-la para obras de atualização que vão durar até 2025.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, cerca de 200 trabalhadores promoveram um protesto de uma hora e meia na fábrica.
A Caoa Chery anunciou no início do mês que vai a interromper a produção de veículos na fábrica de Jacareí, sua principal instalação no país, para adaptar a unidade à produção de carros híbridos e elétricos.
Dos 600 funcionários da fábrica, a Caoa Chery pretende demitir cerca de 480 pessoas, segundo o sindicato. O anúncio dos planos da montadora ocorreu no último dia 5.
A proposta da empresa envolvia pagar de sete a 15 salários nominais aos demitidos, sem benefícios, afirmou a entidade.
A categoria reivindica cinco meses de suspensão de contratos de trabalho (layoff) mais três meses de estabilidade no emprego para quem não aderir ao plano de demissão. Para os que aderirem, os trabalhadores aprovaram proposta do Ministério Público do Trabalho (MPT) que prevê pagamento de 20 salários nominais e extensão por 18 meses de todos os benefícios.
A fábrica está parada desde o final de março.
(Por Alberto Alerigi Jr.)