Por Fabian Cambero
SANTIAGO (Reuters) – A economia do Chile deve expandir entre 1,5% e 2,25% este ano, após a sólida recuperação no ano passado do impacto da pandemia do coronavírus, disse o banco central nesta quarta-feira.
Em seu Relatório de Política Monetária de março, o banco central havia projetado uma expansão menor, de 1,0% a 2,0% este ano.
“O ajuste da atividade ocorre com uma diferença marcada entre o comportamento do consumo e do investimento, em que o primeiro ainda se mantém em níveis elevados”, disse o banco.
O banco observou que existem cenários nos quais o crescimento poderia sair da faixa de projeções se as condições externas piorarem, como o conflito na Ucrânia ou uma maior deterioração das condições financeiras globais.
Para 2023, o banco espera contração de 1% ou estagnação, enquanto que para 2024 estabeleceu uma faixa positiva de 2,25% a 3,25%.
O banco central disse que a persistência de custos externos mais altos e um consumo mais dinâmico do que o previsto levou a uma revisão significativa da trajetória da inflação.
Isto elevará a inflação média anual para 10,8% este ano, acima da faixa de tolerância. A estimativa anterior era de 8,2%.
Na terça-feira, o banco central decidiu por outro aumento na taxa de juros de referência para 9%, em meio à forte pressão inflacionária.
(Reportagem de Fabián Andrés Cambero)