Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) – O déficit comercial dos Estados Unidos em bens diminuiu em maio devido ao forte aumento das exportações, sugerindo que o comércio pode contribuir para o crescimento econômico no segundo trimestre pela primeira vez em quase dois anos.
O relatório do Departamento de Comércio dos EUA divulgado nesta terça-feira também mostrou sólidos aumentos nos estoques de atacado e varejo. Embora esses ganhos, combinados com um declínio nas importações de bens, devam impulsionar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano neste trimestre, eles também sinalizam uma desaceleração da demanda doméstica.
A economia dos EUA está sob risco de recessão conforme o Federal Reserve aperta agressivamente a política monetária de forma a combater a inflação elevada.
“As exportações e os estoques ainda estavam subindo em maio, pelo menos, e isso significa que as nuvens de recessão terão que ficar no horizonte por mais um mês”, disse Christopher Rupkey, economista-chefe da FWDBONDS.
O déficit comercial de bens caiu 2,2%, para 104,3 bilhões de dólares. É provável que haja uma redução adicional à medida que os gastos mudam de bens para serviços e as restrições da cadeia de suprimentos diminuem.
As exportações de bens aumentaram em 2,0 bilhões de dólares, para 176,6 bilhões. Já as importações caíram em 0,4 bilhão, para 280,9 bilhões de dólares.
Enquanto isso, os estoques no atacado aumentaram 2,0% em maio, depois de avanço de 2,3% em abril. Os estoques no varejo saltaram 1,1%, após ganho de 0,7% em abril.