WASHINGTON (Reuters) – Os Estados Unidos querem arrecadar 200 bilhões de dólares em verbas públicas e privadas ao longo de cinco anos para financiar projetos de infraestrutura em países em desenvolvimento sob uma iniciativa do G7 que tem o objetivo de se contrapor ao projeto chinês multitrilionário Cinturão e Rota, afirmou a Casa Branca neste domingo.
O presidente norte-americano, Joe Biden, irá revelar os planos ao lado de outros líderes do G7, sendo que alguns já revelaram suas próprias iniciativas separadas na reunião anual que neste ano está sendo realizada em Schloss Elmau, no sul da Alemanha.
Cada vez mais preocupados com a China, os líderes do G7 mencionaram planos para o projeto no ano passado, e estão agora lançando-os formalmente com um novo título, a “Parceria para Infraestrutura e Investimento Global”, abandonando o apelido “Reconstruir o Mundo Melhor”, criado por Biden durante sua campanha presidencial.
Biden irá revelar vários projetos específicos em um evento paralelo, ao lado de líderes do Reino Unido, Alemanha, Japão, União Europeia e Canadá, prometendo focar em projetos que ajudem a combater as mudanças climáticas e também a melhorar a saúde global, a igualdade de gêneros, e a infraestrutura digital. Uma ausência notável será a do presidente francês, Emmanuel Macron, que aderiu formalmente ao programa chinês de infraestrutura.
“O presidente não está pensando que precisamos investir um dólar para cada dólar da China… mas se você somar o que os EUA e os parceiros do G7 irão anunciar, chega muito perto do número”, afirmou uma autoridade norte-americana a jornalistas.
O dinheiro será levantado por concessões e verbas federais, atraindo investimentos do setor privado, afirmou a Casa Branca, acrescentando que centenas de bilhões de dólares adicionais podem vir de bancos de desenvolvimento multilateral, instituições de finanças de desenvolvimento, fundos soberanos e outros.
A Iniciativa Cinturão e Rota da China, lançada pelo presidente chinês, Xi Jinping, em 2013, envolvendo iniciativas de desenvolvimento e investimentos em mais de 100 países com uma gama de projetos, que incluem ferrovias, portos e rodovias.
(Reportagem de Andrea Shalal)