No mundo corporativo, a evolução deve ser um movimento constante com espaço para adaptação, mas sem possibilidade de inércia. Há exatos 52 anos, o Grupo Guararapes entrou no mercado de capitais disposto não apenas em acompanhar cada transformação dele, mas, sim, a ascender com ele.
Crescemos, presenciamos mudanças, acompanhamos o fim dos tradicionais pregões viva-voz na bolsa, quando a gritaria era a trilha sonora da compra e venda dos papéis, até aterrissarmos no modelo atual, cada vez mais virtual.
E, se o mercado de ações passou por intensas transformações, conosco não foi diferente. Dia após dia, geramos um processo de construção dentro do Grupo com o objetivo de ampliar nossas dinâmicas de governança e evoluir as
práticas ESG de forma constante. E acabamos de colher o resultado disso tudo: entramos no Novo Mercado da B3, a elite do capital aberto brasileiro. A migração é o reconhecimento de anos de trabalho em nossas práticas de governança coorporativa. É um selo em nosso currículo que comprova nosso alto nível de práticas de gestão e uma classificação importantíssima para nossos negócios, aliado a um ganho de destaque ao ocupar uma posição de tamanha excelência.
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Há décadas, trabalhamos na adoção de melhores práticas de governança corporativa e acreditamos que a pedra fundamental para o desenvolvimento do nosso grupo, aliada à força de nossa competitividade, vem dessas ações. Sempre nos esforçamos para combinar uma administração responsável com informações mais abrangentes e transparentes que contribuam para a redução de risco para os negócios. Mas, sempre foi preciso ir além, pois, apesar de reconhecermos os interesses dos nossos acionistas e investidores, temos uma missão social fundamental e que faz parte do nosso DNA: transformar o mundo que nos cerca. Nossos projetos sociais e empresariais referendam tal afirmação. Sempre mantivemos a lógica de que determinadas ações interferem nos resultados e, por isso, procuramos melhorar o diálogo com a sociedade. Lá atrás, quando entramos na antiga Bolsa de Valores de São Paulo, já acreditávamos que a governança corporativa era o item mais relevante para o nosso sucesso. Sabíamos dos
benefícios à nossa imagem e à geração de investimentos ao longo do futuro.
O Grupo Guararapes presenciou as principais transformações sociais do Brasil, viveu e sobreviveu à hiperinflação, inúmeros planos econômicos, queda da ditadura e redemocratização do país. Cruzamos o caminho de sete presidentes desde a nova constituição. Enfrentamos e superamos desafios que correspondem ao nosso tamanho e, alguns, até maiores. Essas experiências nos deixaram cada vez mais exigentes em nossos trabalhos, em nossa governança ou quaisquer outras práticas.
Hoje nossas práticas coorporativas são sinônimos de um ápice empresarial, mas é claro que vamos enfrentar muitas novas adversidades em nossa trajetória. O futuro brilha em nossos olhos, pois, em mais de 50 anos de capital aberto, entendemos que somos um grupo formado por pessoas que estão dispostas a dar o melhor para ser o melhor.
Flávio Rocha é presidente do conselho de administração do Grupo Guararapes.
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Coluna publicada na edição 96, de abril de 2022