Seguindo o desempenho da última semana e o cenário dos mercados globais, o Ibovespa abriu hoje (13) em queda de 1,59%, aos 103.800 pontos, às 10h15 (horário de Brasília). O principal índice da Bolsa brasileira aguarda a “Super Quarta”, dia que contará com a divulgação da ata do Copom e a decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros.
As Bolsas internacionais caíram após o índice de preços ao consumidor nos EUA ter registrado alta de 8,6% no mês passado, o maior aumento anual desde dezembro de 1981, levantando preocupações em relação ao aperto da política monetária. Analistas esperam uma alta de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros.
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Por volta das 10h10, Dow Jones futuro caia 1,85%; S&P 500 recuava 2,32% e Nasdaq registrava baixa de 2,87%. O dólar comercial avançava 1,64%, a R$ 5,06.
A incerteza em relação à Covid-19 desencadeia preocupações de novos lockdown na Ásia. Em Pequim, autoridades correm para conter um surto de coronavírus, com milhões enfrentando testes obrigatórios e milhares sob isolamentos direcionados, enquanto Xangai completou testes em massa para a maioria de seus 25 milhões de residentes no fim de semana.
Em meio a esse cenário, o índice Nikkei, em Tóquio, perdeu 3,01%; Xangai caiu 0,89% e Shenzhen registrou queda de 0,01%. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 3,39% e Kospi caiu 3,52%. Em Taiwan, o Taiex recuou 2,36%.
Na Europa, o Banco Central Europeu precisa acelerar o ritmo do aperto monetária para 0,50 ponto percentual em setembro, após um aumento inicial de 0,25 ponto em julho, disse hoje o membro do Conselho do governo eslovaco, Peter Kazimir.
O BCE agora estima a inflação em 6,8% este ano, mais do triplo de sua meta, e o crescimento dos preços pode se manter acima de 2% até 2024, aumentando o risco de que as empresas e as famílias percam a confiança no compromisso do banco com a estabilidade de preços.
Cenário doméstico
Por aqui, investidores aguardam a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária, do Banco Central, que deve elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, indo para 13,25%.
No radar corporativo, o Carrefour Brasil (CRFB3) irá investir R$ 2,1 bilhões na conversão de 124 lojas do Grupo Big como parte da integração entre as duas empresas. Desse montante, R$ 1,9 bilhão virá de investimentos (Capex) e R$ 200 milhões de despesas operacionais (Opex). A conversão ocorrerá em dois anos.
E as locadoras de veículos Localiza e Unidas assinaram um contrato para venda de ativos à gestora canadense Brookfield Asset Management, que controla a também locadora Ouro Verde, por cerca de R$ 3,570 bilhões, segundo fato relevante ao mercado. (Com Reuters)
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